Embaixada da França no Brasil organiza um evento dedicado às ciências da saúde, em homenagem aos laços históricos de cooperação científica bilateral.
Parcerias na área de saúde foram temas de encontro sediado na Embaixada da França, na Sala Le Corbusier, nesta quinta-feira (31). De acordo com os palestrantes, uma escala planetária, são muitos os fatores que contribuem para aumentar os riscos de epidemias. “Nossos dois países compartilham preocupações comuns em termos de saúde pública, particularmente no que diz respeito a doenças infecciosas emergentes, e estão conduzindo programas conjuntos de pesquisa e cooperação técnica para combater o HIV/AIDS, a tuberculose e a hepatite, bem como para fortalecer os direitos sexuais e reprodutivos, a pesquisa em neurologia, imunologia, oncologia, sobre sangue e hemoderivados e em microbiota”, Discursou a embaixadora BBriet. Membros do governo Brasileiro, como a Ministra da Saúde, Nisia Trindade, e representantes da sociedade civil participaram dessa jornada de (re)descoberta dos excelentes resultados desta pesquisa conjunta.
“O objetivo deste evento é destacar e celebrar a excelente colaboração entre os centros, institutos e agentes de pesquisa franceses e brasileiros. A França e o Brasil estabeleceram parcerias de pesquisa de alta qualidade. Cabe a nós, como atores da cooperação franco-brasileira, preservá-las, mas, acima de tudo, fortalecê-las e divulgá-las”, informou Collet. Quatro organizações de pesquisa francesas presentes no Brasil estarão presentes: o Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), Instituto Pasteur e o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica (CIRAD).
Pode ser a multiplicação das trocas de bens e entre pessoas, as mudanças climáticas, a degradação do meio ambiente ou mesmo a ocupação de habitats naturais que acabam promovendo a aproximação entre pessoas e animais.
As recentes crises sanitárias nos lembram da interdependência existente entre a modificação do meio ambiente, da biodiversidade e as mudanças nas interações entre as espécies. Essas crises também nos alertam para a necessidade de adequar os métodos de monitoramento do surgimento de doenças e de gestão e combate às crises sanitárias epidêmicas.
Uma cooperação de longa data une as comunidades científicas francesa e brasileira em torno desses temas. Em todo o Brasil, e em toda a França, equipes científicas estão trabalhando juntas com o objetivo de propor métodos e abordagens inclusivas que compreendam a saúde de forma mais global em uma abordagem de Saúde Única/ “OneHealth”.
Pesquisas a quatro mãos – Entre os projetos que serão presentados estão a colaboração entre os serviços de saúde da Guiana Francesa e do Amapá, com o objetivo de encontrar soluções conjuntas e compartilhar as melhores práticas na fronteira comum; a estratégia de implantação do Institut Pasteur no Brasil, com unidades em São Paulo e em Fortaleza, com parceiros como a USP e a Fiocruz; além de estudos sobre imunologia, arboviroses e de preservação do meio ambiente para a proteção da saúde, entre outros.
A Fábrica de Pandemias – O evento também inclui a exibição, aberta ao grande público, do documentário “A Fábrica de Pandemias”, da jornalista francesa Marie-Monique Robin, conhecida por seu jornalismo investigativo sobre temas relacionados a direitos humanos e meio ambiente. O filme foi coproduzido pelo IRD e pelo CIRAD e analisa os vínculos entre saúde e biodiversidade e, mais especificamente, os fatores por trás do surgimento de doenças infecciosas.