Semana de eventos promovidos por 50 embaixadas divulgou a língua e a cultura francesa em vários pontos da cidade
A 21ª edição do Festival da Francofonia aconteceu de 18 e 31 de março com “Festival de Filmes Francófonos”; o bazar da Francofonia, o teatro de mímicas, concursos ligados à língua francesa, exposições, palestras, concertos, shows, atividades esportivas e também a arte culinária francesa. A abertura oficial foi no Teatro SESC Sílvio Barbato. “Este ano, a comemoração desta Jornada nos dá a oportunidade de refletirmos sobre o futuro da Francofonia, seu lugar, sua evolução e seu papel no mundo atual”, disse o embaixador do Gabão, Jacques-Michel Moudouté-Bell, presidente do grupo de embaixadores francófonos no Brasil.
De acordo com Moudouté-Bell,, são 200 milhões de falantes da língua francesa em todo o mundo. “Há 48 anos, em 20 de março de 1970, em Niamei, no Níger, 21 Estados e governos assinaram a convenção, criando a Agência de Cooperação Cultural e Técnica (ACCT) que se tornaria, alguns anos mais tarde, a Organização Internacional da Francofonia”, lembrou. No evento também entre os convidados do corpo diplomático, o embaixador e Secretário Geral das Relações Exteriores do Itamaraty, Marcos Galvão,
Atração esperada todos os anos, o tradicional Bazar da Francofonia ocupou não só os lindos jardins de Burle Marx, mas também o estacionamento principal da Aliança Francesa. Os países francófonos contaram um pouco sobre sua história por meio da sua gastronomia e de seu artesanato. Entre a enorme variedade de pratos típicos, destaque para os pães franceses e queijos suíços. Além disso, produtores e artistas locais também apresentaram seu trabalho em stands.
A Aliança Francesa também hospedou a mostra do fotógrafo e cantor francês Alexis Radoux que resolveu deixar o resto da vida para trás e viajar o mundo por dois anos. Acompanhado da câmera, guitarra e mochila, ele visitou cinco continentes e 44 países. Desta experiência, surgiu a exposição Rencontré sur le chemin, que já foi exposta nove vezes .
Cinema – Este ano, Bélgica, Burkina Faso, Costa do Marfim, França, Eslovênia, República Democrática do Congo, Senegal, Suíça e Ucrânia tiveram seus representantes no Festival de Cinema Francófono. Foram 12 filmes de 11 países exibidos nas salas do CCBB. Foi uma oportunidade única para conhecer a rica cultura desses países pelo olhar da sétima arte. No local também foi realizado um show do cantor francês Mathieu Boogaerts.
Gastronomia – Ainda dentro da programação do Festival da Francofonia, foi realizado, pelo 4° ano consecutivo, o Goût de France que celebrou a gastronomia francesa mundo afora. Nessa edição será feita homenagem à região de Nouvelle Aquitaine, centro de excelência dos vinhos franceses, sobretudo o Bordeaux, e à Paul Bocuse, um dos criadores da “nouvelle cuisine”, movimento que revolucionou a cozinha mundial, falecido em janeiro desse ano.Vários restaurantes celebram a gastronomia francesa em jantares promocionais pela capital.
História – A francofonia nasceu da iniciativa de três eminentes francófonos e Chefes de Estados africanos: Léopolde Sédar, Senegal; Habib Bourguiba, Tunísia, e Hamami Diori, do Níger. O dia 20 de março foi escolhido como Dia Internacional da Francofonia por ter sido a data da assinatura da Convenção da criação da Agência de Cooperação Cultural e Técnica (ACCT) em Niamey, Niger, no ano 1970. Em 1997, a ACCT foi transformada em Organização Internacional da Francofonia (OIF) por disposição adotada durante a Cúpula realizada em Hanói, Vietnã, revisada em 2005, durante a Conferência de Antananarivo, Madagascar.