Adidos militares das embaixadas em Brasília promovem evento para divulgar a gastronomia, a cultura e o turismo de seus países.
| Oda Paula Fernandes
Fotos: Rafael Luz
O Clube do Exército de Brasília tornou-se território internacional no último sábado (24), em mais uma edição da Festa das Nações, que acontece há cerca de vinte anos, na capital da república. Organizada pelos adidos militares estrangeiros, eles se reúnem para se conhecer e trocar experiências, além de prestigiar o país onde vivem, neste caso, o Brasil.
Aberto ao público, o espaço foi bem decorado por bandeirolas, bandeiras nacionais e enfeites característicos de cada nação, tendo recebido famílias inteiras. Esse é o caso do 1º secretário da seção econômica da embaixada do Japão, o adido Terutaka Hirose, que reunido com a esposa e filhos, além de compatriotas de seu país, fez origamis. No entanto, o que mais o agradou, foi a culinária internacional. “Este é o segundo ano que venho à Festa e tento comer das comidas de todos os países. Eu gostei das todas que experimentei, mas a que mais me agradou foi o macarrão da indonésia,” comentou Hirose.
Para o evento, foram montados stands com divulgação cultural, comidas típicas, apresentações de música e de dança, propiciando aos presentes o acesso informal à cultura de países como a Alemanha, Chile, Japão, Indonésia, Vietnã entre outros presentes na Festa. Divulgado entre embaixada e familiares, com entrada franca, tudo que foi servido também não foi cobrado. De modo informal, eles se conhecem, trocam presentes, reforçam a diplomacia e cultivam novas amizades.
A Índia ofereceu a tradicional pintura, sendo a de mãos a mais solicitada. Além da gastronomia, com demonstração de entradas, pratos principais, sobremesas e bebidas típicas elaboradas para atender aos convidados da Festa, as embaixadas também distribuíram souvenirs – canetas, chaveiros, bonés, camisetas, mapas, livros, botons, portas cerveja, adesivos, tudo para divulgar seus países.
E nesse clima amigável, nem mesmo a chuva inibiu o público de aproveitar o evento. Animados, a delegação da Alemanha dançava, distribuía comida, bebida, brindes, assim como muitos sorrisos. “A nossa comida foi preparada pelo chef alemão que mora em Goiânia, Knut Rastschiller. Ele fez todas as salsichas e linguiças , sendo o melhor prato que reservamos para este evento”, revelou o capitão de Mar e Guerra, adido de Defesa da embaixada da Alemanha, Volker Fritz Martin.
No stand do Peru, foi servido o tradicional ceviche (comida feita à base de peixe cru temperado com alho, sal, cebola e cozido apenas no caldo de limão) e o pisco (clara de ovo, limão e pisco batidos no liquidificador, servidos com canela em pó). “Estamos aqui para divulgar ainda mais o Peru e porque nós, peruanos, amamos o Brasil, temos muito do jeito brasileiro não só no amor ao futebol, mas na alegria e na cultura,“ acredita Julyssa Mendoza, filha do auxiliar técnico da Força Aérea Peruana, Gilberto Mendoza, que mora no Brasil há 35 anos. Junto com a família, ela trabalhou no stand peruano.
A embaixada da Nigéria soltou o som e o gingado. Ao convidar as pessoas para dançar, criava-se uma atmosfera de alegria que contagiava a todos ao redor. Não dava para conter o balançar involuntário do corpo, mesmo daqueles que não sabiam dançar. Em roda, na quadra de esportes do Clube, houve breve apresentação de danças folclóricas que animaram ainda mais a tarde descontraída de sábado para diplomatas, militares e amigos.