Embarques do produto recuaram em volume de janeiro a maio deste ano. Também houve queda na receita e nos números de maio individualmente. Iêmen e Jordânia, porém, se destacaram pelo crescimento nas compras.
ANBA
As exportações de carne de frango do Brasil recuaram 8,5% em volume de janeiro a maio deste ano sobre iguais meses de 2017, segundo números divulgados nesta quinta-feira (21) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Apesar disso, dois países árabes, a Jordânia e o Iêmen, se destacaram pelo aumento das compras, segundo a associação.
A quantidade exportada pelo Brasil em carne de frango no acumulado deste ano até maio foi 1,6 milhão de toneladas. No mesmo período do ano passado, foram embarcadas 1,75 milhão de toneladas, ou seja, 149 mil toneladas a mais.
Em valores, as exportações caíram ainda mais, em 12,3%, na mesma comparação. Foram US$ 2,6 bilhões em receita obtida de janeiro a maio de 2018 e US$ 2,96 bilhões nos cinco primeiros meses de 2017 – um total de US$ 364 milhões a mais.
Apesar da queda, segundo a ABPA, não teve efeito sobre os números a greve dos caminhoneiros, que ocorreu entre o final de maio e começo de junho no Brasil. A paralisação deve ter influência negativa nos embarques de junho. Em função dos bloqueios nas estradas, caminhões não conseguiram chegar até os portos e nem os alimentos chegaram até as indústrias para abastecimento dos animais e prosseguimento na produção.
Em maio, individualmente, houve retração de 4,7% na quantidade embarcada em carne de frango pelo Brasil, com 333,2 mil toneladas. A receita ficou em US$ 517,6 milhões e teve queda de 13% sobre o mesmo mês do ano passado.
A ABPA destacou o crescimento de 100% em volume nos embarques ao México de janeiro a maio, além da China, que importou 12% mais. “Também houve notável crescimento nos embarques para Jordânia, Iêmen, África do Sul, Coreia do Sul e Chile”, afirmou o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, em material divulgado.