Seguindo tendência de alta dos últimos anos, embarques devem fechar 2018 com 1,62 milhão de toneladas, o maior volume já exportado pelo Brasil. Receitas devem crescer 7,4%, para mais de US$ 6,5 bilhões.
ANBA
As exportações brasileiras de carne bovina podem chegar a 1,62 milhão de toneladas até o final do ano, um aumento de 10% em relação a 2017, de acordo com previsão da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Se o volume for confirmado, será um recorde, dando sequência a uma tendência de alta dos embarques brasileiros, que nos últimos dois anos vêm crescendo numa média de 10% ao ano em volume e faturamento. A estimativa é que a receita com as vendas externas alcance US$ 6,541 bilhões, valor 7,4% superior ao do ano passado.
Segundo o presidente da Abiec, Antônio Camardelli, o resultado de 2018 confirma que a carne brasileira mantém uma boa imagem e que sua qualidade é reconhecida internacionalmente. “O setor passa por um processo de melhoria contínua e o crescimento das exportações mostra a qualidade e competitividade da nossa carne, além da confiança dos mercados internacionais no nosso produto”, afirmou ele, em nota divulgada pela entidade.
De janeiro a novembro, as vendas totalizaram 1,49 milhão de toneladas, um aumento de 10,67% ante igual período de 2017; o faturamento foi de US$ 5,99 bilhões, valor 8,31% superior no mesmo comparativo.
O segundo semestre registrou os melhores resultados do ano, com destaque para o mês de setembro, em que os embarques somaram 178 mil toneladas, e o faturamento, US$ 700 milhões. Tal resultado representa alta de 31,75% em volume e 25,86% em faturamento se comparado com igual mês do ano passado.
Países
Três países árabes estão entre os dez principais importadores de carne bovina brasileira, considerando o período de janeiro a novembro deste ano. O Egito aparece em terceiro lugar, à frente de todo o bloco da União Europeia, com US$ 485,6 milhões em vendas e mais de 166 mil toneladas embarcadas, um crescimento de 1,32% em receita e de 20,1% em volume, em relação ao mesmo período de 2017. A Arábia Saudita está em 7º lugar, com US$ 143,5 milhões e 38,5 mil toneladas, uma baixa de quase 11% na receita e de 4,27% no volume. Os Emirados Árabes Unidos vêm em 9ª colocação, com quase US$ 105 milhões e 26,6 mil toneladas, e crescimento de mais de 20% em receita e de 31,6% em volume no período.
Os Top 10, em ordem decrescente, são Hong Kong, China, Egito, União Europeia, Chile, Irã, Arábia Saudita, Estados Unidos, Emirados e Filipinas. Hong Kong e China se revezam como o principal destino da carne bovina do País.
Egito, União Europeia e Chile são mercados de destaque entre os principais países compradores, com crescimento tanto em volume quanto em faturamento no acumulado de janeiro a novembro.
Perspectivas
As perspectivas para 2019, segundo a Abiec, são positivas. Considerando os números de 2018, a entidade projeta um crescimento de 10,7% no volume exportado em 2019, chegando a 1,8 milhão de toneladas, e uma alta de 11% em faturamento, totalizando US$ 7,26 bilhões.
De acordo com a associação, os fatores que devem favorecer os resultados esperados para 2019 são a retomada das exportações para a Rússia – que em 2017 comprou mais de 130 mil toneladas e mais de US$ 452 milhões -, a expectativa de retorno ao mercado norte-americano e o crescimento dos embarques para a China.