A noite de quarta-feira (15) foi a data escolhida pelos equatorianos para relembrar a independência do país, ocorrida no dia 10 de agosto de 1809. O embaixador Diego Ribadeneira recepcionou seus convidados nos jardins da sede da representação diplomática e falou sobre a proximidade com o Brasil. Na ocasião, Ribadeneira também entregou uma medalha de honra ao mérito para o embaixador brasileiro Carlos Alfredo Lazary Teixeira, concedida pelo Ministério das Relações Exteriores do Equador.
Logo no início de seu discurso, Diego Ribadeneira recordou os primeiros anos da República do Equador e, mais especificamente, o começo dos laços diplomáticos bilaterais que já completam 175 anos. “Desde essa época, o Brasil tem desempenhado um papel muito relevante em importantes episódios da história do nosso país, como coordenador dos países garantes do Protocolo da Paz, Amizade e Limites, assinado em 1941 e, anos mais tarde, do Acordo de Paz entre Equador e Peru, em 26 de outubro de 1998”.
No que diz respeito à atualidade, o embaixador frisou os avanços tecnológico, econômicos e na área de comércio entre os países. Afirmou que o comércio entre ambos é de aproximadamente 1 bilhão de dólares anuais, e que diversas empresas equatorianas estão presentes na agenda brasileira neste último ano.
Ribadeneira relembrou algumas parcerias e avanços realizados até o momento entre Brasil e Equador. “O início de voos diretos de São Paulo até quito, tem contribuído ao incremento de 20%, comparado ao ano passado, no fluxo de turistas. Inclusive, gostaria de destacar a nossa relação frutífera com o Governo do Distrito Federal na participação de projetos, como o Embaixada de Portas Abertas.
Em relação aos investimentos entre os dois países, o embaixador declarou que acordos de cooperação estão sendo desenvolvidos, para que ambos tenham um instrumento que facilite e promova o investimento mutuo.
Homenagem – Um dos pontos memoráveis do evento foi a homenagem ao embaixador brasileiro Carlos Lazary, que recebeu a Medalha da Ordem Nacional ao Mérito. O diplomata já foi embaixador do Equador e do peru, ministro conselheiro em Washington, cônsul geral em Miami e chefe do setor político da Embaixada do Brasil em Buenos Aires.
Animado, Carlos Lazary se disse muito agradecido por receber a honraria e dividir a medalha com os que trabalharam com ele na Embaixada do Equador durante sua gestão. “Desejo compartilhar essa homenagem com todos os funcionários que me acompanharam durante a minha gestão como embaixador em Quito e, também, todos os embaixadores que me antecederam, como o poeta e diplomata João Cabral de Mello Neto”.
Lazary frisou, assim como Diego Ribadeneira, que já são 175 anos da relação bilateral de Brasil e Equador, e de todos os momentos marcantes que o diplomata viveu no Equador, um dos mais importantes ocorreu recentemente, antes de ir embora da capital do país, Quito: os 20 anos do Acordo de Paz entre Equador e Peru. “Na ocasião ao relembrar o compromisso proativo do Brasil com a paz, ressaltei que o processo de construção do acordo constituiu uma das páginas mais significativas da nossa diplomacia”, pontuou.
O acordo vem sendo mantido pelos países, o que é algo representativo na visão do de Lazary. “Tendo sido embaixador dos dois países, tenho enorme satisfação em constatar que após o acordo os dois países vêm construindo um modelo exemplar”.
O diplomata do Equador finalizou afirmando que conheceu Carlos Lazary há mais de 20 anos no Itamaraty e, anos mais tarde, tornou-se seu colega no Peru, onde segundo Diego Ribadeneira, “verifiquei mais uma vez suas habilidades profissionais”.
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