Béatrice Kirsch lembrou “as ondas” de chegada de luxemburgueses ao Brasil
A embaixadora de Luxemburgo no Brasil, Béatrice Kirsch, recebeu convidados, no dia 23, em Brasília, para comemorar a data nacional do país que marca o aniversário oficial do chefe de Estado, Sua Alteza Real o Grão-Duque. A diplomata destacou primeiramente as boas relações bilaterais. No início de sua fala, reforçou que os laços que unem os dois países são antigos e fortes, lembrando também das duas ondas de emigração de Luxemburgo para o Brasil: a primeira, no início do século XIX; e a segunda no século XX.
“Na segunda onda de emigração, Luxemburgo ajudou a construir a indústria siderúrgica brasileira, enviando engenheiros e trabalhadores siderúrgicos para Minas Gerais como parte da Belgo-Mineira”, acrescentou Kirsch. Segundo a embaixadora, quase 25.000 descendentes de luxemburgueses residem no Brasil, principalmente nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.
A diplomata destacou que: “o Grão-Ducado de Luxemburgo é hoje a base comum de uma população muito cosmopolita de mais de 180 nacionalidades para cerca de 643.000 pessoas que constituem a base da prosperidade local”. Sobre a questão da hospitalidade da nação luxemburguesa para com imigrantes e refugiados, a Kirsch frisou que “desde fevereiro do ano passado, Luxemburgo acolheu mais de 5.000 refugiados da Ucrânia”. De acordo com a embaixadora ser governo fez todo o possível para que essas pessoas, em sua maioria, mulheres e crianças, “se sentissem bem-vindas e seguras”.
Ressaltou Kirsch, na oportunidade, para ressaltar que Luxemburgo é um forte defensor do direito internacional e do sistema multilateral criado nos últimos 75 anos, além de ser membro fundador do Benelux e da União Europeia. “Assim como o Brasil, Luxemburgo é membro fundador das Nações Unidas e um dos signatários originais da Carta da ONU em São Francisco, que aconteceu em 1945”, continuou.
Kirsch Complementou que “tanto para Luxemburgo quanto para a União Europeia, o Brasil tem sido tradicionalmente um parceiro confiável na defesa do direito internacional e dos valores comuns; os valores em que acreditamos, o direito internacional e a ordem internacional de que todos nós precisamos para viver em paz e prosperidade”.