O governo alemão nomeou hoje a dirigente da Greenpeace Jennifer Morgan para “embaixadora climática” do país, numa altura em que o governo de Olaf Scholz tornou prioritário o desenvolvimento das energias renováveis.
Esta é a primeira vez que um governo da Alemanha, que integra desde dezembro por cinco ministros do partido Verdes (ecologistas), alguns dos quais em posições-chave como Baerbock, adota esta solução.
“Na política externa, colocamos também a luta contra a crise climática no seu devido lugar: no topo da nossa agenda. A crise climática vai mudar fundamentalmente o mundo nos próximos anos”, justificou a chefe da diplomacia alemã, numa conferência de imprensa com Jennifer Morgan.
Desde que tomou posse em dezembro, o governo tripartido do chanceler, Olaf Scholz, fez das alterações climáticas uma das principais prioridades com um objetivo ambicioso: até 2030, o consumo de eletricidade deve ser em 80% de energias renováveis.
“O tempo está a esgotar-se. Precisamos de cooperação internacional como nunca antes” para limitar o aquecimento global a 1,5 graus celsius, apontou Morgan, assegurando que o Acordo Climático de Paris que contém esse objetivo era, na sua opinião, positivo.
Morgan salientou ainda que é necessária “ambição, rapidez e solidariedade” para atingir esse objetivo. A norte-americana de 50 anos, que fala alemão e estudou nos Estados Unidos, pediu cidadania alemã há vários meses, segundo Baerbock, e quando a obtiver, vai juntar-se oficialmente ao governo alemão como secretária de Estado. Morgan tem dedicado toda a carreira à proteção ambiental, trabalhando em várias ONG e grupos de reflexão.