A boa notícia é do embaixador russo Sergey Akopov, que está voltando para a terra natal após 20 anos de serviços prestados. A afirmação foi dada em entrevista para o jornalista Marcello D’Angelo ao programa Capital & Mercado, da BandNews TV.
“Na América Latina, foi escolhido o Brasil como o país que tem condições físicas e instalações industriais adequadas não somente para engarrafar a vacina, mas produzir desde o começo até o final. Temos vários parceiros aqui no Brasil, vários governos estaduais declararam sua intenção de participar neste programa e foi encontrado um grande parceiro que é a empresa totalmente nacional, que é a União Química”, explicou Akopov.
O embaixador até brincou e fez uma sugestão em nomear a vacina russa produzida em solo nacional como “Sputnik VBR”, já que o imunizante seria totalmente brasileiro. Segundo ele, o Instituto Gamaleya já passou toda tecnologia de produção para a União Química, parceira brasileira para a produção.
O imunizante russo teve o pedido de uso emergencial negado. Mas a Anvisa vai vistoriar a fábrica da União Química em Guarulhos, na grande São Paulo, entre os dias 8 e 12 de março. O registro da Sputnik V ainda não foi pedido.Segundo a revista especializada “The Lancet”, a eficácia global da vacina é de 91,7% e já está aprovada em 15 países, incluindo Rússia, Argentina e Venezuela.
Além da transferência de tecnologia para a vacina no Brasil, Akopov exaltou as relações entre os dois países nos Brics e no agronegócio, com a abertura para importação de trigo russo, enquanto o Brasil passou a exportar peixes e produtos lácteos aos russos.