Em julho Jefferson havia postado um vídeo segurando duas armas e chamando Wanming de “macaco” e dizendo que o diplomata precisava ir embora. “Esse chinês malandro que está aí hoje na embaixada da China tem que ir embora. O presidente tem que mandá-lo embora, é um vagabundo que a China mandou para o Brasil depois que desestabilizou a Argentina e o Chile”, afirmou em referência aos dois países sul-americanos em que Wanming já atuou como representante chinês.
Apesar de não mencionar o ex-parlamentar, a mensagem do representante diplomático foi encarada por internautas como uma espécie de comemoração à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva do ex-deputado.
O ex-deputado, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro, foi detido no âmbito da investigação sobre suposta organização criminosa, “de forte atuação digital, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito” – o chamado inquérito das milícias digitais, aberto em julho.
Antes de ser preso, Roberto Jefferson postou em suas redes sociais: “a Polícia Federal foi à casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice”.
O inquérito no qual sua prisão foi calcada investiga possível orquestração de milícias digitais para ataques às instituições democráticas. Entre os nomes citados pela PF estão assessores da Presidência da República, acusados de integrar o chamado “gabinete do ódio”, organização por trás dos atos criminosos.