Em noite de comemoração, Ministra Conselheira recebeu convidados em jantar
| Oda Paula Fernandes
A ministra conselheira e encarregada de negócios da Áustria no Brasil, Isabella Tomás, celebrou o Dia da Independência da República da Áustria, comemorada em 26 de outubro. Ela fez as vezes de embaixadora, já que com o saída de Marianne Feldmann, a embaixada ainda aguarda novo titular. Com menu Austríaco, o jantar aconteceu na própria sede diplomática que, mais uma vez, abriu as portas para receber compatriotas, amigos, convidados e diplomatas de vários países. A Banda Militar do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal tocou os hinos do Brasil, da Áustria e da União Européia, respectivamente, na abertura oficial do evento.
Na ocasião, a ministra falou da parceria bilateral entre os dois países e dos eventos marcantes realizados pela embaixada. “O Brasil é um país alegre. Tem sempre pessoas que gostam de eventos culturais, musicais e sobretudo porque a arte austríaca é bem conhecida. Nós temos, felizmente, uma boa reputação na música erudita, nas artes plásticas. Então as pessoas sempre falam bem da Áustria, acham tudo muito bonito”, vibra a ministra Tomás.
Um dos pontos culturais e de turismo da Europa muito procurados por brasileiros, a ministra não hesitou em demonstrar a satisfação por receber elogios à sua terá natal. “Nosso país, para quem já foi lá visitar, volta falando que foi uma maravilha. Acredito que os brasileiros gostam mais da Áustria do que eu, realmente”, lembra Tomás.
Áustria e Brasil – Quanto à relação bilateral entre Brasil e Áustria, Isabella afirma que negociar com Brasil é sempre uma relação de trocas positivas para ambos, devido à boa relação diplomática histórica. As diferenças geográficas, tanto de localização global com uma Áustria pequena, fechada entre os Alpes e o Brasil gigante com dimensões continentais não impediram de ambos terem histórias tão entrelaçadas. Os primeiros imigrantes alemães e austríacos vieram cultivar as terras brasileiras a convite da primeira imperatriz do Brasil D. Maria Leopoldina, filha do imperador Francisco I, da Áustria e D. Maria Isabel de Bourbon Nápoles e esposa de D. Pedro I, imperador do Brasil.
Na ausência do esposo, d. Leopoldina declarou a independência do Brasil em 2 de setembro de 1822, ao presidir oficialmente o Conselho de Estado como regente. Além da política, há forte influência do barroco austríaco no barroco mineiro e a tradição tirolesa, a de esculpir na madeira.
Milhares de austríacos encontraram proteção em solo brasileiro desde a vinda de D. Leopoldina. Nos próximos anos, poderemos acompanhar as celebrações de momentos notáveis entre Brasil e Áustria desde o passado até o presente. “Então, deste jeito é fácil estar aqui e promover a Áustria porque sempre somos recebidos de braços abertos, de forma muito positiva”, conclui a ministra conselheira Isabella Tomás.