A Argentina celebrou no último dia 25 de maio o surgimento do estado argentino, que ocorrido em 1810, quando foi deposto o vice-rei Baltasar Hidalgo de Cisneros, que governava em nome da coroa espanhola. O acontecimento não era ainda a independência real, mas uma manobra política que, garantia aos argentinos a condução do país.
A independência só chegou em 1816, depois do Congresso de Tucumã, mas 25 de maio de 1810 ficou marcado quando as pessoas foram às ruas exigindo a libertação de Espanha. Toda essa trajetória foi relembrada na noite de terça-feira (28), na Embaixada da Argentina em Brasília, durante um coquetel em comemoração à data.
O Embaixador Carlos Alfredo Magariños e sua família receberam os convidados, e o diplomata relembrou da história e luta argentina, o que segundo ele foi um grito de liberdade. “No dia 25 de maio, nosso povo passou a percorrer um caminho difícil que duraria 6 anos de lutas e privações, pois só alcançaríamos nossa independência em 1816”.
O embaixador traçou um paralelo com os últimos anos do país, que viveu muitas mudanças. “Esses últimos quatro anos foram intensos e mais uma vez o povo argentino resolveu mudar para começar a tarefa de construir um país sério, não se rendendo a falsas promessas e ao populismo para fortalecer as instituições democráticas e o Estado de Direito”.
De acordo com o diplomata, o governo atual se concentrou em eliminar as restrições financeiras que mantinham o país isolado do mundo e atingiu objetivos junto à comunidade internacional. “Nossa política externa fez da Argentina um cidadão global responsável. Abrimos novos mercados para os nossos produtos. Trabalhamos lado a lado com a comunidade internacional para fortalecer a criação de bens públicos internacional”.
Frisando que o governo vem buscando proteger os setores mais vulneráveis da sociedade argentina, mas também dando protagonismo ao setor privado, que possui papel importante na economia, Carlos Magariños ressaltou a relação bilateral com o Brasil, que ele afirmou ser “parceiro estratégico, país vizinho, amigo e irmão”.
Foram relembradas as parcerias e iniciativas fundadas pelos dois países, incluindo a Câmara de Comércio Argentino Brasileira. “Criamos juntos o Fórum de Desenvolvimento Argentina e Brasil, liderado pelos ministérios das Relações Exteriores dos dois países, assim como o Conselho Empresarial Brasil e Argentina. Criamos uma rede de Câmaras de Comércio no Brasil, que contabilizam 14 ao todo”.
Conforme ressaltou o presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira Federico Servideo, as câmaras foram criadas como uma plataforma para melhorar ainda mais os negócios, os parceiros e criar melhores oportunidades para argentinos e brasileiros. “Em 2015, quando o presidente Macri foi eleito, recebemos uma mensagem clara, de que a Argentina está pronta para ocupar seu lugar no mundo e desempenar algo positivo no cenário internacional”, declarou.
Federido Servideo afirmou que o objetivo das Câmaras é a inserção internacional inteligente com “uma agenda aberta e transparente que reflete a agenda pacífica, democrática e plural da Argentina”.