Um grupo de cinco diplomatas – um americano e quatro europeus –, que ocuparam postos de alto escalão na OTAN, na ONU e em organismos de segurança internacionais, assinam um artigo publicado na edição datada de quarta-feira (19) do jornal Le Monde, no qual defendem apoio irrestrito à Ucrânia na luta contra o invasor russo.
Os experts em segurança alegam que “uma vitória de Moscou minaria a ordem internacional fundada no direito, assim como nos princípios de integridade territorial e de soberania nacional, tornando-se um perigoso precedente para outras conquistas territoriais no mundo”.
No texto intitulado “A liberdade merece mais armas do que a tirania”, os diplomatas Stéphane Abrial (França), Christoph Heusgen (Alemanha), Jim Jones (EUA), Simon McDonald (Reino Unido) e Stefano Stefanini (Itália) defendem que “a Europa vá até o fim em seu apoio à Ucrânia, para desmentir a propaganda russa e chinesa”. No artigo, eles afirmam que “um ano depois da invasão, o presidente russo, Vladimir Putin, ainda acredita que pode vencer a guerra, o que os europeus devem evitar a qualquer preço, senão será o caminho aberto para que a Rússia ataque depois a Moldávia e os países bálticos, entrando em confronto direto com a Otan”.
Quase 14 meses após o início da guerra, o conflito entra em uma nova fase, diz o Libération, com a contraofensiva que o Exército ucraniano prepara para as próximas semanas.
Em Bakhmout, cidade na região do Donbass, os soldados ucranianos demonstram uma capacidade de resistência “incrível”, escreve o Libé, em uma estratégia de desgaste que esgota as forças russas, embora os russos sejam mais numerosos em homens e equipamentos. Com isso, o Exército ucraniano ganha tempo, enquanto aguarda a chegada dos equipamentos prometidos pelos aliados e principalmente treina seus militares a utilizá-los.
“Obrigamos os russos a consumir seus recursos antes de lançarmos nossa própria contraofensiva”, diz um dos soldados ucranianos entrevistados pelo jornal.
Fonte: AFP