Kairat Sarzhanov conversou com jornalistas na segunda-feira (10), momento em que fez uma análise dos resultados da eleições presidenciais que ocorreram naquele país e todo o processo de votação. O objetivo foi dar conhecimento aos membros da imprensa brasileira do resultado da eleição que até aquele momento garantia a presidência a Kassym-Jomart Tokavevm. O político casaque já se encontrava no cargo desde a renúncia do ex-presidente Nursultan Nazarbayev
Durante o briefing, o embaixador Sarzhanov explanou que era importante a divulgação de informações, pois o jornalismo fortalece as comunidades e que sem isso, estaríamos completamente fora do circuito. “As notícias fazem parte da nossa vida, fazem parte da comunicação que nos mantém informados sobre os eventos, questões e personagens em mudança no mundo exterior”.
Kairat Sarzhanov salientou que a decisão de antecipar o processo eleitoral foi tomada pelo presidente Kassym-Jomart Tokayev em abril após assumir o cargo de acordo com a Constituição do Cazaquistão em 20 de março, após a renúncia do primeiro presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, em 19 de março. ”O presidente Tokayev disse que pediu a eleição antecipada porque era “absolutamente necessário” garantir “continuidade, previsibilidade e estabilidade” no momento da transição política e “remover qualquer incerteza”, explicou o diplomata.
A eleição, ocorrida em 9 de junho, declarou o atual presidente do Cazaquistão como presidente do país. Conforme apontado na coletiva de imprensa, a Comissão Eleitoral Central do Cazaquistão afirmou que dos 11 947 995 cazaquistaneses, 9 247 748 votaram. O comparecimento dos eleitores foi de 77,4%.
O embaixador confirmou que a fim de assegurar o direito constitucional dos cidadãos cazaques que estavam no exterior no momento da eleição, foram abertas 65 comissões eleitorais nas representações diplomáticas do Cazaquistão em 51 países, inclusive em Brasília. “Os 15 286 cidadãos do Cazaquistão participaram da votação no exterior. No total, tanto no Cazaquistão como no exterior, criamos 9 768 comissões eleitorais”. Os resultados finais da eleição serão oficialmente confirmados até 16 de junho, mas, de acordo com a contagem provisória divulgada na segunda-feira, o atual presidente Kassym-Jomart Tokayev deve vencer a eleição recebendo o apoio de 70,76% dos eleitores que votaram, ou seja, 6 504 54 votos”.
Eleição diferenciada
Kairat Sarzhanov comentou durante a coletiva que a eleição de 2019 foi histórica e tornou-se a mais competitiva e diversificada da história do Cazaquistão. “Um total de sete candidatos participou da eleição presidencial, incluindo a primeira mulher na corrida à presidência, Daniya Yespaeva, do partido Ak Zhol”. De acordo com o embaixador, “A nossa região é fortemente dominada pelos homens quando se trata de política. No entanto, ao longo de muitos anos, o Cazaquistão tomou medidas concretas para melhorar a igualdade de gênero e promover o papel das mulheres nos negócios e na política”, salientou.
Na opinião de Sarzhanov, o pleito não foi importante apenas para seu país, mas para nações vizinhas e os parceiros em todo o mundo. “Como o Cazaquistão tem participado ativamente em questões globais, incluindo, mais recentemente, a resolução do conflito sírio”, explicou o diplomata.
O resultado das eleições, segundo Sarzhanov, “é especialmente relevante para o Brasil, um dos primeiros países a reconhecer a independência do Cazaquistão. O embaixador disse que os cazaques atribuem grande importância à promoção da cooperação com o governo brasileiro que consideram o principal parceiro na América Latina.
Observadores
Pela primeira vez, a eleição no Cazaquistão teve a participação de dois observadores internacionais do Brasil; os senadores Chico Rodrigues e Jacques Wagner. Ao todo, 147 observadores de 41 países puderam acompanhar o processo eleitoral.
Eleição diferenciada
Kairat Sarzhanov comentou durante a coletiva que a eleição de 2019 foi histórica e tornou-se a mais competitiva e diversificada da história do Cazaquistão. “Um total de sete candidatos participou da eleição presidencial, incluindo a primeira candidata à presidência, Daniya Yespaeva, do partido Ak Zhol”. De acordo com o embaixador, “A nossa região é fortemente dominada pelos homens quando se trata de política. No entanto, ao longo de muitos anos, o Cazaquistão tomou medidas concretas para melhorar a igualdade de gênero e promover o papel das mulheres nos negócios e na política”, salientou.
A eleição foi considerada pelo embaixador em seu discurso, que essa foi a mais transparente e alcançou os mais altos padrões esperados. “Isto pode ser provado pelos observadores internacionais que monitoraram a eleição. Congratulamo-nos com 1 013 observadores internacionais, incluindo 866 observadores de nove organizações internacionais”, declarou.
No total, cerca de 227 jornalistas estrangeiros de 40 países foram credenciados para cobrir a eleição deste ano, enquanto este número não levou em conta os 121 repórteres estrangeiros permanentemente acreditados no país. Apenas para comparar, 168 jornalistas foram credenciados para cobrir a eleição de 2015.
A eleição presidencial não foi importante apenas para o Cazaquistão, afirmou o embaixador, mas sim, para os países vizinhos e parceiros pelo mundo, como o Brasil. “O Brasil é um dos primeiros países a reconhecer a independência do Cazaquistão, pois atribuímos grande importância à promoção da cooperação com o seu país, que consideramos nosso principal parceiro na América Latina”.
O embaixador reafirmou que o Cazaquistão tem participado ativamente em questões globais. “Na minha opinião, a transição pacífica da liderança através de eleição livre e justa transmitiu um sinal forte aos seus vizinhos e ao mundo de que o Cazaquistão é um país democrático, pacífico e estável”.
Presidente eleito
O presidente do Cazaquistão nasceu em 17 de maio de 1953 na cidade de Alma-Ata. Em 1975, Kassym-Jomart Tokayev graduou-se no Instituto Estadual de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO), fez um estágio pré-universitário na Embaixada da URSS na República Popular da China, em 1983-1984 trabalhou em liberdade condicional no Instituto Linguístico de Pequim. Em 1992, ele terminou a Academia Diplomática do Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa.
Sua vida profissional começou em 1975 no Ministério das Relações Exteriores da URSS e ele foi enviado para trabalhar na Embaixada Soviética na República de Cingapura. Em 1979, ele retornou ao Ministério das Relações Exteriores da URSS. Em 1984-1985 ele trabalhou no Ministério das Relações Exteriores da URSS, e depois foi enviado para a Embaixada Soviética na República Popular da China, onde trabalhou até 1991 como Segundo Secretário, Primeiro Secretário e Assessor.
Em 1992, ele foi nomeado Vice-Ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão. Em 1993, ele se tornou o Primeiro Vice-Ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão. Em 1994, foi nomeado Ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão. Em março de 1999, ele se tornou o Vice-Primeiro-Ministro do Cazaquistão.
Em Outubro de 1999, com o consentimento do Parlamento pelo Decreto do Presidente do Cazaquistão, foi nomeado Primeiro Ministro do Cazaquistão. Em janeiro de 2002, ele se tornou o Secretário de Estado – Ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão. De 2003 a 2007 ele foi Ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão. Ele tomou parte ativa no processo global de não proliferação de armas nucleares.
Em janeiro de 2007, ele foi eleito Presidente do Senado do Parlamento do Cazaquistão. Em 2008, foi eleito Vice-Presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE como Presidente do Senado do Parlamento do Cazaquistão.
Em março de 2011, foi nomeado Vice-Secretário-Geral da ONU, Diretor-Geral do Escritório da ONU em Genebra, e também representante pessoal do Secretário-Geral da ONU na Conferência sobre Desarmamento. Ele também assumiu o cargo como Secretário-Geral da Conferência sobre Desarmamento. Kassym-Jomart Tokayev foi eleito Presidente do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Comunidade de Estados Independentes (CEI) e da Organização de Cooperação de Xangai.
16 de outubro de 2013, ele foi reeleito como o Presidente do Senado do Parlamento do Cazaquistão. Em 20 de março de 2019, ele fez o juramento como Presidente do Cazaquistão.