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Egito comemora 72º ano de independência e 100 anos da relação com o Brasil

24 de julho de 2024
em Eventos, Sem categoria
Tempo de Leitura: 4 mins
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Embaixadora Mai Taha Khalil destaca, em celebração; similaridades bilateral, a condenação dos conflitos em Gaza e na Ucrânia e anunciou voo direto, .

 A embaixadora Mai Taha Khalil recebeu membros do governo, diplomatas, jornalistas, egípcios e amigos.

A embaixada do Egito, em Brasília, sediou, na terça-feira (23) a comemoração do 72ª Data Nacional do país e os 100 anos de relacionamento diplomático com o Brasil. Entre outros exemplos, a embaixadora Mai Taha Khalil, afirmou, durante a celebração, que a posição dos dois países endossa o multiculturalismo, o direito internacional e as regras baseadas nas Nações Unidas e que Brasil e Egito se empenham em defender a paz e a segurança e desempenhar papéis ativos na resolução de conflitos.

A embaixadora Khalil destacou ainda outras similaridades de Brasil e Egito; ambos com paixão notável pelas artes e pela música, valorização da história e o patrimônio histórico e contribuição para a modernização o desenvolvimento e riqueza das artes em esferas regionais. Os dois país também desempenham liderança em suas regiões na defesa da paz, segurança e prosperidade econômica e dos interesses dos países em desenvolvimento e das nações do sul global.

O Egito, segundo a embaixadora, acrescenta a sua voz ao Brasil por uma reforma imediata e substancial da governança global e condena veementemente as atrocidades em curso cometidas contra a população palestina em Gaza. “O Egito também saúda e endossa os esforços do Brasil para alcançar uma solução pacífica para os conflitos internacionais em curso, as guerras em Gaza e na Ucrânia”, afirmou.

Na frente comercial, Khalil destacou que no ano passado houve um crescimento contínuo e expansão para novas áreas. “Nosso objetivo é expandir além do comércio de mercadorias para incluir investimentos mútuos significativos com transferência de tecnologia. Esta é uma prioridade, uma vez que ambos os países estão fortemente empenhados em aprofundar também a cooperação econômica”, disse.

G-20 –

Khali agradeceu o convite do governo brasileiro pelo convite para o Egito participar em todas as atividades relacionadas do G20 neste ano, e pelos esforços incansáveis ao longo de todas as reuniões ministeriais do grupo e de sessões de trabalho, “a fim de alcançar resultados tangíveis e apresentar ideias concretas para garantir o sucesso do evento principal em novembro.  “O país endossa plenamente as prioridades da presidência brasileira este ano, e a importância do apelo à criação de uma aliança global para combater a pobreza”, disse a diplomata.

Relações diplomáticas

 Em 2024, Egito e Brasil comemoram o centenário de relações diplomáticas. Uma celebração que foi manifestada na visita do presidente Lula ao Cairo em fevereiro 2024.  De acordo com a embaixadora, houve um  avanço das relações bilaterais em todos os níveis, desde o comércio, agricultura e turismo até parceria estratégica e estreita cooperação multilateral. “Foi uma visita altamente bem-sucedida que trouxe um impulso sólido à cooperação bilateral, e resultou na assinatura de vários memorandos de entendimento importantes e acordos em várias áreas”, discursou Khali.

Voo direto Brasil – Egito.  

Khali anunciou que está em conclusão do acordo para o lançamento de um voo regular direto entre Cairo e São Paulo. De acordo com a embaixadora, os preparativos logísticos finais estão com autoridades da aviação civil de ambos os lados, a fim de lançar esta rota, esperançosamente, até ao final deste ano. “Esta rota será uma mudança positiva das relações bilaterais, não só no turismo na cultura, mas também em todos os outros aspectos econômicos, incluindo o comércio, a indústria e o investimento mútuo”.

Embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte

O Secretário de África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Sérgio Sobral Duarte, em seu discurso, ressaltou como o Egito tem sido um parceiro importante para o Brasil. Nos fóruns multilaterais, compartilham os valores e princípios de não interferência de assuntos internos de outros países,  solução pacífica de conflitos e disputas e de promoção do desenvolvimento social e econômico como base para paz e segurança duradouras. “Defendemos uma ordem mundial multipolar, na qual as vozes dos países em desenvolvimento são fortalecidas”, acrescentou. Duarte sublinhou que o acordo de livre comércio Mercosul-Egito oferece grandes oportunidades para expandir as relações econômicas e comerciais entre os estados membros do Mercosul e o Egito. “Estamos, atualmente, abrindo caminho para uma maior cooperação em outras áreas de interesse mútuo”.

Embaixadora Mai Taha Khalil com os colegas diplomatas
Tags: ^BrasildataEgitoEmbaixadaINDEPENDÊNCIAMai Taha KhalilNacionalrelação
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A China e o principal parceiro comercial do Brasil e, diante deste fato, é que a Federação de Industria do Rio de Janeiro, Firjan, entende ser essencial observar os dados que possam ajudar a compreender melhor e a tirar todo o potencial dessa relação a favor do empresário e do industrial fluminense. Para tanto, o Conselho Empresarial de Relações Internacionais da federação convidou Tulio Cariello, diretor de Conteúdo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), com o objetivo de apresentar, em reunião nesta semana, na sede da Firjan, um panorama das relações bilaterais com o país asiático nas áreas de comércio, investimento e política e mostrar os reflexos nas indústrias do Rio de Janeiro.
“Nós temos uma situação muito especial nessa relação por sermos superavitários na nossa balança com os chineses. E a evolução dos investidores, a evolução do perfil da nossa balança e dos investimentos chineses no Brasil, não só em setores tradicionais de investimento dos chineses, como no setor energético, tanto elétrico quanto de petróleo e gás, que nos impacta diretamente, nos interessa particularmente aqui no Rio”, avaliou Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da Firjan.
Cariello mostrou como o fluxo de investimento está crescendo ao longo dos anos no Brasil, tanto nas importações como nas exportações. Ele apresentou o crescimento acentuado das exportações do Brasil para a China, com o recorde de US$ 104 bilhões em 2023. O maior valor de comércio com um único país. De um modo geral, a China é destino de um terço de tudo o que o Brasil exporta.
Exportação fluminense
“O Brasil exporta basicamente produtos primários enviados para o país asiático, como soja, petróleo e minério de ferro. No Rio de Janeiro, especificamente, o petróleo é o principal produto exportado”, explicou, acrescentando que o Rio é o 4º estado do país em investimentos chineses.
Ao detalhar geograficamente para onde vão os investimentos no Brasil, o especialista ressaltou que a China conseguiu, em pouco mais de 10 anos, investir em praticamente todo o país, em todas as regiões. O interesse chinês no Brasil é crescente. O país, que recebeu mais de US$ 70 bilhões nos últimos anos, está em 4º lugar entre os principais destinos de investimento chinês no mundo.
“A posição do país no contexto global em investimentos chineses mostra como o Brasil é um país estratégico para a China nessa área de investimento. Na América do Sul, o Brasil é o grande centro de gravidade, com quase metade (48%) de tudo que foi investido pela China nos últimos anos”, salienta Cariello.
Rodrigo Santiago sintetiza que o Brasil não foge à regra mundial: “a relação comercial e de investimentos com a China é de grande importância para as empresas fluminenses, por isso, é fundamental entendermos como esse momento pode ser favorável à nossa economia e a nossa indústria”.

Ricardo Keiper, vice-presidente do Conselho de Relações Internacionais, disse que “cada vez mais é importante compreendermos o cenário internacional atual, e, para isso, o espaço aberto pela federação para conhecer mais sobre as relações com a China foi enriquecedor”.
Fonte: Firjan.
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