O secretário-geral, António Guterres (foto), saúda uma das vítimas do terrorismo com experiência destacada na exibição multimídia “Sobrevivendo ao Terrorismo: Vozes das Vítimas”.
As Nações Unidas convidam a comunidade mundial a observar esta comemoração “a fim de honrar e apoiar as vítimas e sobreviventes do terrorismo e de promover e proteger o pleno gozo dos seus direitos humanos e liberdades fundamentais”. Ao proclamar este Dia, a Assembleia Geral reconhece que a promoção e a proteção dos direitos humanos e do estado de direito são essenciais para prevenir e combater o terrorismo.
Em mensagem, o chefe das Nações Unidas, António Guterres, disse que o Dia é um lembrete sobre parar e escutar as vítimas e sobreviventes do terrorismo reconhecendo o impacto que o crime tem sobre suas vidas. Segundo ele, para as Nações Unidas, cuidar e se importar com as vítimas e os sobreviventes de atos terroristas é uma forma de ampliar suas vozes para enfrentar a narrativa de ódio e divisão. Para Guterres, é preciso ouvir a voz das vítimas e sobreviventes do terrorismo que clamam por prestação de contas e resultados.
“Hoje em dia, mais países estão sendo afetados pelo terrorismo, mas o número de vítimas se concentra em apenas alguns Estados-membros da ONU”, relatou Guterres.De acordo com dados da entidade, somente no ano passado, quase 75% das mortes ocorreram em cinco países: Afeganistão, Iraque, Nigéria, Somália e Síria. As vítimas de terrorismo continuam lutando para terem suas vozes ouvidas, apoio e direitos respeitados. Este ano, o Dia Internacional em Memória e Tributo às Vítimas do Terrorismo representa, segundo Guterres, um passo adiante na solidariedade com as vítimas do crime.
Direitos humanos – As Nações Unidas têm um papel importante no apoio à implementação dos pilares 1 e 4 da Estratégia Global sobre Contraterrorismo. São pontos que preveem solidariedade, apoio, assistência e o estabelecimento de uma rede de contatos, além de oferecer suporte à sociedade civil incluindo organizações especialistas em vítimas de terrorismo.
A data é marcada ainda com uma exibição, que deve durar até 4 de setembro incluindo entrevistas, documentários que destacam a solidariedade internacional às vítimas com histórias sobre resiliência e o que foi feito pelas vítimas nas últimas décadas.
Governo brasileiro – No Dia Internacional em Memória e Tributo às Vítimas de Terrorismo, o governo brasileiro, por meio de nota, reiterou seu repúdio ao terrorismo em todas suas formas, “independentemente de sua motivação, solidariza-se com todas as pessoas, famílias e nações vitimadas e reafirma seu compromisso de trabalhar no combate e erradicação desse flagelo”. “Como ameaça à paz, aos direitos humanos, às liberdades fundamentais e ao desenvolvimento, o terrorismo deve ser combatido de forma enérgica e nunca relativizado ou tolerado”, afirma o documento.
Na visão do governo brasileiro, é imperioso reconhecer e enfrentar o terrorismo onde quer que ele se encontre, sob todas as formas em que se manifeste, inclusive na América do Sul, onde a conjugação do terrorismo com o crime organizado e a corrupção representa grave ameaça à segurança e à democracia.
“O firme engajamento do governo brasileiro contra o terrorismo foi renovado, entre outros momentos, em janeiro de 2020, por ocasião da III Conferência Ministerial Hemisférica de Luta contra o Terrorismo, cujo comunicado conjunto condena o terrorismo sob quaisquer pretextos”, afirma a nota oficial.