Hoje, dia 16 de agosto, é comemorado o Dia do Patrimônio Histórico. Foi o empenho do historiador e jornalista mineiro Rodrigo Melo Franco de Andrade, como defensor do Patrimônio Cultural Brasileiro, que provocou a criação da data, comemorada desde 1998, quando o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) completaria 100 anos.
Para celebrar a ocasião, que enaltece a história brasileira e tudo que ela representa, o Instituto Federal de Brasília (IFB), em parceria com o Coletivo Cinema Urbana – ligado à Casa da Cultura da América Latina da UnB – e o Museu Vivo da Memória Candanga, realizam hoje (16), o evento Brasília Patrimônio Vivo. A entrada gratuita.
Aberto a comunidade, o acervo do museu é composto pelas edificações históricas, peças, objetos e fotos da época da construção de Brasília, distribuído pela exposição permanente “Poeira, Lona e Concreto”, que narra a história de Brasília, desde o início de sua construção até a inauguração em 1960.
Hoje pela manhã, os visitantes terão a oportunidade de ter visitas guiadas, palestras, apresentação dos resultados das oficinas de costura criativa, colagravura e exposições dos espaços de ateliê, tecelagem e artesanato. Uma mostra de cinema também foi preparada para apresentar filmes sobre a temática.
Os Patrimônios de Brasília
Brasília apenas por si, já é considerada pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade, mostrando toda sua opulência, beleza arquitetônica e histórica. Porém, dentro de Brasília, diversos locais podem ser considerados como patrimônios de Brasília. Grande parte deles está aberto à visitação durante toda a semana, além dos patrimônios imateriais, como as feiras de rua e eventos à céu aberto tradicionais pela cidade.
Visitar esses locais é uma forma de conhecer um local interessante, aprender mais sobre o lugar e a cultura de Brasília, e ainda tirar uma série de belíssimas fotos. Confira alguns desses locais abaixo:
Praça dos Três Poderes
Situada no extremo leste do Eixo Monumental, a Praça dos Três Poderes abriga os edifícios que representam e abrigam os três poderes da República: Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Os demais elementos arquitetônicos da praça são: Panteão, Casa de Chá, Museu da Cidade, Espaço Lucio Costa e Mastro da Bandeira.
Palácio do Planalto
O prédio encanta pela beleza das colunas definidas pelo arquiteto como “leves como penas pousando no chão”. O Palácio do Planalto é a sede do Poder Executivo Federal e abriga o Gabinete Presidencial do Brasil. Inaugurado em 21 de abril de 1960, foi o centro das comemorações da inauguração de Brasília e marca a história brasileira por simbolizar a transferência da Capital Federal para o interior do País, promovida no Governo do Presidente Juscelino Kubitschek.
Congresso Nacional
A casa dos deputados e senadores, onde todas as decisões mais importantes do país são tomadas. De autoria de Oscar Niemeyer, sua concepção plástica contrapõe-se à linha horizontal da cidade. Sua verticalidade é marcada pelos dois edifícios administrativos, com 28 pavimentos: um para a Câmara dos Deputados e outro para o Senado Federal, em contraste com a base horizontal com as duas cúpulas, onde se localizam os plenários.
Supremo Tribunal Federal
O Supremo Tribunal Federal, também de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, está situado na Praça dos Três Poderes, na lateral oposta ao Palácio do Planalto. Seu volume foi implantado com a face de menor dimensão voltada para a Praça. O corpo do edifício, uma caixa retangular de vidro, possui três pavimentos.
Eixo Monumental
Um dos elementos definidores da forma do Plano Piloto, o Eixo Monumental é o local onde se acentua a escala monumental proposta por Lucio Costa no Relatório do Plano Piloto de Brasília. As proporções urbanísticas desta área, evidentes no afastamento entre as edificações e nas dimensões dos logradouros públicos, realçam os conjuntos arquitetônicos, especialmente os de caráter governamental e institucional. Estende-se por 16 Km e é composto por seis vias de tráfego em cada sentido. A via é inclusive considerada uma das maiores do mundo, por seu número de faixas.
Palácio do Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores, criação do arquiteto Oscar Niemeyer e projeto estrutural do engenheiro Joaquim Cardozo. O elemento de transição que o separa do espaço público é um grande espelho d’água, cujo projeto paisagístico de Burle Marx incorpora tanto espécies exóticas da flora tropical quanto esculturas de mestre brasileiros. As obras de arte integradas à arquitetura são de autoria de Athos Bulcão, Maria Martins, Mary Vieira, Franz Weissmann, Alfredo Volpi, Alfredo Ceschiatti, Victor Brecheret, Sérgio Camargo, Rubem Valentim, Emanuel Araújo e Pedro Correia de Araújo.
Catedral Nossa Senhora Aparecida
Uma das obras mais famosas de Niemeyer, a Catedral é um dos locais mais visitados de Brasília. As obras de arte integrada são de autoria de Marianne Peretti, Athos Bulcão, Alfredo Ceschiatti e Di Cavalcanti.
Torre de TV
De autoria de Lucio Costa, a Torre de TV chama a atenção de quem passa por perto. Nas segunda-feiras, não é possível subir até a torre, mas no restante da semana é possível subir e ver toda a cidade.
Memorial JK
Situado próximo ao local onde se realizou a primeira missa de Brasília, o Memorial JK foi projetado e construído para homenagear o fundador da cidade, presidente Juscelino Kubistchek. O memorial já virou marca registrada no DF devido ao seu pedestal de 28 metros de altura, onde está colocada uma estátua de Juscelino. Em seu interior encontram-se a biblioteca, diversos objetos pessoais do ex-presidente e a sua câmara mortuária. (Praça do Cruzeiro – Eixo Monumental Lado Oeste).
Igreja Nossa Senhora de Fátima
Famosa Igreijinha é pequena, constituída por uma pequena nave, sacristia e secretaria com planta em forma de ferradura, cujas paredes são revestidas externamente por azulejos de Athos Bulcão. Foi o primeiro templo em alvenaria a ser erguido em Brasília, inaugurado em 28 de junho de 1958, erguida em apenas cem dias, com o objetivo de pagar uma promessa da primeira-dama Sarah Kubitschek, feita para curar sua filha. A capela foi projetada por Oscar Niemeyer e sua arquitetura faz referência a um chapéu de freiras. (SQS 307 Bloco C – Asa Sul).
Parque da Cidade
O Parque da Cidade está situado a oeste da Asa Sul, numa área de 400 hectares, sendo um dos locais mais famosos de Brasília. O parque é conhecido pelas suas áreas verdes e a grande diversidade de ambientes que permite atividades de lazer. Festas, bares, corrida, exercício físico, feiras, eventos, esportes. Tudo isso você irá encontrar no parque.
Catetinho, primeira residência presidencial
Projetado por Oscar Niemeyer, o Palácio de Tábuas foi a primeira residência presidencial em Brasília, construída em dez dias e inaugurada em novembro de 1956, quando o presidente Juscelino Kubitschek expediu os primeiros atos destinados à construção da futura capital. O nome Catetinho é uma homenagem ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, que abrigou durante muitos anos os presidentes brasileiros. (Rodovia Km 0 – BR 040, s/nº, Trevo do Gama).
Serviço – Brasília Patrimônio Vivo:
Data: 16 de agosto (sexta-feira)
Hora: 8h às 12h
Local: Museu Vivo da Memória Candanga (Via EPIA Sul, SPMS, Lote D – Núcleo Bandeirante)
Programação
9h – Visita guiada pelos espaços expositivos do Museu Vivo da Memória Candanga;
10h – Abertura com palestra do representante do Iphan/DF;
11h – Mostra Cinema Urbana/UnB e exibição dos filmes (duração 25 minutos): Brasília Ano 10, direção de Geraldo Sobral Rocha e O homem que não cabia em Brasília, direção de Gustavo Menezes;
11h10 – Palestra sobre Patrimônio Humano, com Maria do Cerrado em homenagem ao pajé Zé Ramalho da Vila Planalto;
12h – Encerramento com degustação, baseada no menu de Comidas do Cerrado.