No dia 06 de outubro de 1973, o exército do Egito decidiu atravessar o Canal de Suez e destruir a supostamente impenetrável linha Bar-Lev para libertar a terra do Sinai, a fim de permitir a realização da paz baseada na justiça. Foram com essas palavras, ditas pelo Adido Militar Alaa Mohamend Abd El Aziz, que foi iniciada a festa das Forças Armadas do Egito, na quarta-feira (09), em Brasília. Na ocasião, foi exibido um vídeo sobre o potencial militar do país, e oferecido um jantar com a culinária árabe.
Durante seu discurso, El Aziz declarou que as Forças Armadas reconhecem e apresentam sua gratidão aos que tiveram a vida ceifada na batalha de outubro de 1973. “Eles sacrificaram suas vidas pelo bem do nosso amado Egito, e lutaram, demonstrando os mais altos ideais de irmandade e coesão”.
As Forças Armadas do Egito são a mais numerosa da África e do Oriente Médio e a décima maior do mundo. Seu poder ficou claro principalmente nos últimos anos, em que o Egito testemunhou duas revoluções. A primeira, no dia 25 de janeiro de 2011, foi palco de uma mudança política desencadeada por uma revolta popular que resultou na renúncia do então presidente, Hosni Mubarak. A segunda, dois anos depois, em 10 de junho de 2013, trouxeram novas manifestações populares que terminaram com a derrubada do presidente Mohamed Morsi, em 3 de julho de 2013.
De acordo com El Aziz, em ambos os casos, a presença das Forças Armadas foi crucial para o rumo em que as manifestações tomaram. “Nós trabalhamos diligentemente para eliminar qualquer tentativa de desestabilizar o país e exercemos nosso papel inerente na manutenção da segurança nacional egípcia, mantendo a segurança do povo egípcio”, pontuou o adido militar.
As relações bilaterais foram ressaltadas por El Aziz , que expressou sua gratidão aos esforços do Ministério da Defesa do Brasil em desenvolver relações e cooperação com o Egito.