O embaixador do Paquistão no Brasil Ahmad Hussain Dayo promoveu, nesta terça-feira (26), um encontro com representantes da mídia, durante almoço no restaurante Rubayat. Durante todo o evento, Dayo falou sobre seu país ressaltando suas belezas naturais, com muitas montanhas e lagos, da busca da soberania paquistanesa no continente asiático, da crise no Afeganistão e do conflito na Caxemira e Jammu. Vários jornalistas presentes eram membros da Abrajinter, a Associação Brasileira de Jornalistas e Comunicadores da Área Internacional e Diplomática.
Durante sua apresentação informal para os convidados, o embaixador Dayo lembrou que o seu país é o único país na Ásia a ter armamento nuclear, a construir a bomba atômica, cujo chamado ‘pai da bomba nuclear’ do Paquistão, Abdul Qadeer Khan, morreu há 15 dias, aos 85 anos, depois de ser hospitalizado com Covid-19. O diplomata informou que a população paquistanesa é superior a 200 milhões de pessoas, sendo o quinto país mais populoso do mundo.
O embaixador Ahmad Dayo conversou bastante com o jornalista da TV Record, Roberto Cabrini, que recentemente esteve no Paquistão, de onde viajou para fazer cobertura jornalística sobre a crise no Afeganistão. O apresentador e repórter veio especialmente do Rio de Janeiro para o almoço. O diplomata deu detalhes, informações importantes sobre o conflito no país vizinho e a posição do governo paquistanês. Cabrini compartilhou com os colegas sua experiência de viagem àquele país e agradeceu o apoio do embaixador Dayo e da jornalista Fabiana Ceyhan, presidente da Abrajinter, que o ajudaram no visto de entrada na volta dele ao Paquistão para retorno ao Brasil.
Dia Negro da Caxemira – Outro tema abordado pelo embaixador Ahmad Dayo durante o almoço foi a ocupação dos territórios de Jammu e Caxemira (IIOJK) pelas forças indianas. Todos os anos, 27 de outubro é comemorado como o “Dia Negro da Caxemira”, quando, em 1947, iniciou-se o conflito territorial com a Índia. Na época, Jammu e Caxemira eram os maiores entre os mais de 500 estados indianos.
O embaixador Ahmad Dayo informou que várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU aprovadas logo após a partição exigem que o futuro de Jammu e Caxemira seja decidido de acordo com a vontade do povo das duas regiões por meio de um plebiscito sob os auspícios da ONU. Segundo o diplomata, a própria Índia é parte dessas resoluções que asseguraram ao povo de Jammu e Caxemira o seu direito à autodeterminação. O embaixador pediu apoio para que a decisão deles seja respeitada.