A Bélgica é conhecida no mundo inteiro pela sua vasta e deliciosa culinária. Alguns pratos e bebidas, no entanto, são mais destacados, como as batatas fritas e a cerveja do país, que são consideradas Patrimônios Imateriais da Humanidade pela UNESCO, além do chocolate belga, famoso ao redor do mundo.
Todo esse sabor pôde ser sentido durante a comemoração do Dia do Rei, que celebra a vida do monarca Philippe, na quinta-feira (13), na sede da embaixada da Bélgica. Durante a festa, o embaixador Patrick Herman frisou que a data “é também para celebrar toda uma cultura, que enaltece a tradição gastronômica do país, e os nossos bens culturais”. O diplomata declarou que apesar de produzir um dos melhores chocolates do mundo, a Bélgica não produz cacau, muitas vezes tendo o fruto brasileiro exportado para o seu país.
Ainda prestigiando a relação com o Brasil, o embaixador citou que a Bélgica ficou em 2º lugar no ranking de investidores do Banco Central do Brasil, apenas atrás dos Estado Unidos, e pontuando outros avanços recentes. “Assim como uma série de projetos tecnológicos com empresas brasileiras que estamos firmando, tivemos dois acordos importantes assinados esse ano e intensos intercâmbios acadêmicos que apoiamos, para que alunos brasileiros vão estudar em nossas universidades”.
Aula-show – A Embaixada da Bélgica abriu suas portas , para o lançamento do programa “Foodie”, consistindo em uma aula-show para jornalistas e convidados presentes no evento, com o Maître Chocolatier brasileiro Alexandre Ferreira.
Transformar amor em forma de chocolate sempre foi o intuito de Alexandre Ferreira, dono da marca Aguimar Ferreira e parceiro de longa data da fábrica belga de chocolate Callebaut e da representação da Bélgica no Brasil. Conforme apontado pelo embaixador Patrick Herman, essa colaboração mutua inspirou a criação do Foodie. “Queremos compartilhar com todos vocês esse jogo pedagógico para aprender a fazer o chocolate belga com o Alexandre, que é um artista reconhecido e premiado”.
Livro – O evento também contou com o lançamento do livro “Sabores belgas no Brasil”, do escritor belga Marc Storms. A obra mostra as relações gastronômicas cada vez mais estreitas entre os dois países, abrindo as portas da cozinha e revisitando a história do país, mostrando desde os primórdios, com a chegada das especiarias, do lúpulo e do cacau no território belga, até virarem os alimentos que conhecemos hoje.
Vivendo no Brasil há três anos, Marc Storms diz ver diariamente a influência da culinária belga cada vez mais presente no Brasil. “Muitas vezes quando vou jantar, as pessoas me perguntam sobre um prato típico ou qual minha cerveja preferida. E morando em São Paulo, tenho visto sempre sorvetes feitos com chocolate belga e outros produtos que estão chegando ao Brasil”, declarou.
De acordo com o autor, muitos cozinheiros belgas também estão vindo para o país, e todos esses pontos o inspiraram a fazer uma pesquisa entrevistando chefs e imigrantes de primeira, segunda e terceira gerações para ver do que eles tem saudade na culinária do seu país de origem. “Conclui que cada pessoa tem alguma lembrança de algo de família, e quando questionamos qual a comida favorita da pessoa, nós obtivemos mais de 500 respostas diferentes, com muitos pratos regionais da Bélgica”, relembrou. O livro ainda será lançado no Rio de Janeiro e São Paulo.