O embaixador de Cuba Rolando Gómez aproveitou a data para destacar o crescimento 0,5% no PIB do país em 2019 e de previsão de mais incremento, de 1%, no volume de riqueza de Cuba para esse ano. “É modesto, mas demonstra a resistência cubana ao aumento do bloqueio norte-americano”, disse em seu discurso para os convidados, na residência oficial do país, no Lago Sul.
“Neste novo aniversário do nascimento de nosso herói nacional, José Martí e de nosso aniversário 61 do triunfo da Revolução, lembramos e homenageamos o apóstolo com mais compromisso e firmeza ideológica, como bússola permanente orientando-nos o caminho, a luta e o dever com a pátria e a humanidade”, discursou Gómez.
O diplomata citou as ações mais enérgicas dos Estados Unidos contra seu país no ano passado que, a seu ver, “causaram muitos prejuízos e limitações” ao povo cubano. “Procuram sabotar o comércio exterior, os pagamentos e as cobranças de Cuba e atrapalhar o comércio nacional. a ameaça contra empresas que transportam petróleo para Cuba tentando nos deixar sem combustível”, relatou.
Rolando Goméz lembrou que o presidente americano Donald Trump interrompeu a chegada de cruzeiros a Cuba, fez novas proibições das remessas para famílias cubanas e deteve os voos dos Estados Unidos às províncias do país, com exceção de Havana. “Nossos inimigos alegam que o bloqueio é dirigido ao governo e isso é uma mentira, pois prejudica todos os atores da economia e da sociedade cubana”, acredita o embaixador.
Gómez lembrou ainda que bloqueio americano foi condenado por 187 países, em 6 de novembro, na Assembleia Geral das Nações Unidas. Apenas os Estados Unidos, Israel e o Brasil, apoiaram as ações norte-americanas. Diplomatas, jornalistas e comunidade cubana em Brasília marcaram presença no evento. Entre os convidados estava o ex-presidente Fernando Collor, hoje senador por Alagoas.