O embaixador da Jordânia em Brasília, Malek Twal, reuniu-se com diretores da Câmara Árabe para discutir a realização do Fórum Econômico Brasil -Países Árabes, em 02 de abril, e de encontro entre empresários brasileiros e jordanianos.
Alexandre Rocha
alexandre.rocha@anba.com.br
São Paulo – O embaixador da Jordânia em Brasília, Malek Twal, esteve na manhã desta sexta-feira (26) na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, para discutir a realização do Fórum Econômico Brasil- Países Árabes, em 02 de abril, e do encontro empresarial Brasil-Jordânia, no dia seguinte. Ambos os eventos vão ocorrer na capital paulista.
“O Fórum Econômico Brasil- Países Árabes é muito importante, pois quando falamos de Brasil, trata-se de um grande país que representa metade da América Latina, e do outro lado são 22 países árabes”, disse o diplomata à ANBA, após reunião com o presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun, o diretor-geral Michel Alaby, o conselheiro sênior da presidência, embaixador Ramez Goussous, o assessor de projetos especiais Tamer Mansour e a analista de marketing Tâmara Machado.
“Há dez anos o comércio bilateral cresce continuamente, mesmo em tempos de crise, e isso é algo que precisamos capitalizar para desenvolver ainda mais as relações econômicas. Há muitas possibilidades”, destacou Twal. “Brasil e países árabes têm muito em comum, são nações em desenvolvimento, com desafios semelhantes, mas ricos em recursos naturais e em capital humano. Temos amplas oportunidades para trabalhar juntos por um futuro melhor para nossos povos”, acrescentou.
O Fórum Econômico Brasil-Países Árabes será organizado pela Câmara Árabe, com apoio da União das Câmaras Árabes, presidida pelo jordaniano Nael Al Kabariti, e da Liga dos Estados Árabes, instituição que reúne os governos da região.
Já o encontro empresarial Brasil-Jordânia, segundo o embaixador, deverá contar com ampla participação de empresários de seu país de setores como os de alimentos, infraestrutura, produtos farmacêuticos, cosméticos, indústria aeronáutica e turismo. Ele espera pelo menos 50 homens de negócios jordanianos.
De acordo com o diplomata, há interesse de investidores jordanianos em indústrias brasileiras como as de alimentos e de produtos farmacêuticos. No primeiro caso, o objetivo é garantir o abastecimento do mercado jordaniano, e no segundo, a meta é entrar no mercado brasileiro.
A Jordânia quer também incentivar investimentos brasileiros em sua indústria, com destaque para os setores aeronáutico e de veículos. Na área de infraestrutura, a ideia é atrair empresas do Brasil para projetos na Jordânia e de reconstrução dos vizinhos Síria e Iraque. “O objetivo é fazer as relações Jordânia-Brasil darem um passo adiante”, comentou Twal.