Em discurso, o embaixador Kim Chol Hak (ao centro) lembrou da revolução norte-coreana e salientou a relação amistosa com o Brasil
Raquel Pires
Fotos; Eliane Loin
A Embaixada da Coreia do Norte sediou, em Brasília, na última terça-feira (04), a festa pelo 70º aniversário de independência do país. O embaixador ressaltou a importância da data para o povo norte-coreano e a força da população. “A fundação da República Popular Democrática da Coreia foi um grande acontecimento tanto para o desenvolvimento da nossa revolução, quanto para a vida do povo coreano, e significa o nascimento de um povo independente”.
O diplomata frisou que a cada vez que o aniversário da Coreia do Norte é comemorado, o povo coreano enaltece os líderes Kim II Sung e Kim Jong II, que governaram o país durante esse período de independência. “Desde sua criação, o governo mantém a soberania na política, economia e defesa nacional, auto sustentabilidade e autodefesa. Hoje, o povo coreano está conquistando e construindo um grande estado socialista sob a direção de Kim Jong Un”.
A relação de 17 anos com o Brasil também foi destacada e segundo o embaixador “foi um ponto importante para promover a compreensão mútua e estreitar a amizade e cooperação entre os dois governos e povos”.
Após propor um brinde para celebrar a relação amistosa entre Brasil e Coreia do Norte, o jantar com comidas típicas norte-coreanas foi aberto aos presentes, que aproveitaram o restante da celebração.
História – Após a Segunda Guerra Sino-Japonesa e a Guerra Russo-Japonesa, a Coreia foi dominada pelo Japão (1910-1945). No final da Segunda Guerra Mundial, as forças japonesas se renderam aos soviéticos, que ocuparam o norte da Coreia (atual Coreia do Norte), e aos Estados Unidos, que ocuparam a parte sul (atual Coreia do Sul). Depois da divisão, os soviéticos apoiaram a ascensão ao poder do guerrilheiro antijaponês Kim Il-sung. No sul, o político de direita, Syngman Rhee, foi nomeado como presidente.
Dois anos após sua independência, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul, dando início à Guerra das Coreias. O Conselho de Segurança das Nações Unidas interviu com uma força liderada pelos Estados Unidos. O armistício ocorreu em 1953, após a morte de 2,5 milhões de pessoas no conflito.