O Conselho Estatal da China pediu um desenvolvimento maior da cidade de Shenzhen, no sul do país, e a integração de sua cultura e economia com as vizinhas Hong Kong e Macau.
A diretiva chega no momento em que protestos anti-governo em Hong Kong ameaçam a situação do polo financeiro asiático.
Hong Kong, um dos portos mais movimentados do mundo, está à beira de sua primeira recessão em uma década ao mesmo tempo em que vive manifestações anti-establishment disparadas pela rejeição a uma proposta de lei que planejava extraditar as pessoas para a China continental.
A diretiva de 19 itens do Conselho Estatal, publicada no estatal Diário do Povo, pede que “a força econômica e o desenvolvimento” de Shenzhen figurem entre os melhores do mundo até 2025 e sejam uma “referência global” até a metade do século.
Nos anos 1990, reformas pró-mercado e apoio governamental transformaram Shenzhen, até então um vilarejo chinês comum, em um grande polo para os setores de manufatura e tecnologia da China.
Hoje a cidade abriga a sede global da Tencent, gigante chinesa das redes sociais, e da Huawei, fabricante de equipamentos de rede que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na prática proibiu empresas dos EUA de suprirem.
A diretiva pediu a integração da cultura e economia de Shenzhen com Hong Kong e Macau por meio do financiamento de hospitais, esforços conjuntos de alívio de desastres e intercâmbios culturais, o desenvolvimento adicional da Área da Grande Baía de Hong Kong-Macau e o “enriquecimento da nova prática da política ‘um país, dois sistemas'”.