Embaixador da Alemanha anuncia a chegada de Olaf Scholz no próximo dia 30.
O Fundo Amazônia deve estar na pauta da visita do Primeiro-ministro Olaf Scholz à Brasilia onde tem agenda marcada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A vinda da autoridade alemã foi confirmada nesta sexta-feira (20), na conta do embaixador alemão no Brasil, Heiko Thoms, no Twitter. A data já tinha sido antecipada por Lula mas, até ontem, não era confirmada por fontes diplomáticas alemãs. O chanceler e a delegação de representantes do setor econômico da Alemanha se reunirão com o Presidente Lula e outros representantes do governo.
Para o embaixador Heiko Thoms, a visita de Scholz, a segunda de uma autoridade alemã em menos de um mês, é um “sinal de fortalecimento da cooperação” entre os dois países. O chanceler alemão viajará acompanhado por outros ministros, como ministra da Cooperação, Svenja Schulze, e por representantes de grandes empresas alemãs. “Estamos prontos para lutar juntos pela proteção da floresta tropical e pelo desenvolvimento socialmente justo e inclusivo”, afirmou Thoms. Scholtz visitará outros países da América do Sul como Argentina e Uruguai
Fundo Amazônia – Importante parceiro comercial brasileiro, a Alemanha tem manifestando interesse em uma reaproximação política com o Brasil, com a possibilidade inclusive de destinar mais recursos financeiros para custear projetos e ações de preservação ambiental desenvolvidos no país, principalmente na Amazônia.
No começo de janeiro, quando o presidente Frank-Walter Steinmeier veio ao Brasil para prestigiar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Alemanha anunciou o desbloqueio de € 35 milhões destinados ao Fundo Amazônia, a título de compensação pela redução do desmatamento no bioma amazônico durante o ano de 2017.
Criado em 2008, o fundo recebe doações de instituições e governos internacionais para financiar ações de prevenção e combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Os recursos são usados para financiar projetos de redução do desmatamento e a fiscalização do bioma. Por razões políticas, o mecanismo chegou a ser paralisado durante a gestão Jair Bolsonaro.
No início de novembro passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo brasileiro reativasse o fundo em até 60 dias. A medida foi cumprida na atual gestão. Em seu primeiro dia à frente do Poder Executivo, Lula assinou o Decreto nº 11.368, autorizando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a voltar a captar doações financeiras para o Fundo Amazônia.