A Comissão Europeia (CE) anunciou hoje que vai disponibilizar aos laboratórios europeus 3.000 amostras de um novo material de controle dos testes de diagnóstico à covid-19 para evitar falsos resultados negativos de infecção pelo novo coronavírus.
As amostras permitem verificar até 60 milhões de testes em toda a União Europeia e serão expedidas para os hospitais e principais centros de virologia de referência, informa um comunicado da CE.
Segundo a nota, “as amostras são altamente concentradas”, bastando “uma pequena quantidade do material” para confirmar a confiabilidade da análise. Um tubo de ensaio “é suficiente para que um laboratório possa verificar até 20.000 testes”.
Na prática, se um teste de diagnóstico do coronavírus não detectar este material, também não detecta o SARS-CoV-2 em si. O novo material de controle dos testes foi concebido pelo Centro Comum de Investigação da CE e consiste numa “parte sintética, não infecciosa” do coronavírus, permitindo “evitar que um teste possa dar um resultado negativo se a pessoa estiver, de fato, infectada”.
Os cientistas europeus criaram o material a partir da parte do coronavírus que se manteve estável depois de o SARS-CoV-2 ter sofrido mutações. Com este material de controle da qualidade das análises laboratoriais à covid-19, a União Europeia pretende também harmonizar procedimentos de diagnóstico.
O coronavírus (tipo de vírus) responsável pela covid-19, uma infecção respiratória que pode causar pneumonias nos casos mais graves, foi detectado em dezembro, na China. A pandemia já infectou mais de 870 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 44 mil. Dos casos de infecção, pelo menos 172.500 são considerados curados.
O continente europeu, com mais de 470 mil infectados e cerca de 32.000 mortos, é onde se registra o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com mais vítimas mortais, 13.155 óbitos em 110.574 infecções.