Bruxelas, 31 Jul 2020 (AFP) – Esta é “de longe a contração mais importante desde o início da série histórica em 1995”, destaca o Eurostat em um comunicado.
A estimativa preliminar se baseia “em dados incompletos” e será objeto de revisões, indica a agência de estatísticas. Durante o primeiro trimestre de 2020, que marcou o início das medidas de confinamento, o PIB do bloco monetário registrou contração de 3,6%.
No conjunto da União Europeia (UE), o PIB caiu 11,9% no segundo trimestre. Nos últimos dias foram anunciados resultados trimestrais desastrosos dos países da Eurozona. Nesta sexta-feira foram divulgadas as quedas expressivas no segundo trimestre das economias da Itália (-12,4%), França (-13,8%) Portugal (-14,1%) e Espanha (-18,5%). Na véspera já haviam sido revelados os dados da Alemanha (-10,1%), Áustria (-10,7%) e Bélgica (-12,2%).
Bruxelas havia alertado no início de julho que os efeitos econômicos da pandemia de COVID-19 seriam “devastadores” para a zona do euro. A Comissão Europeia antecipa uma recessão sem precedentes em 2020 para o conjunto dos 19 países que compartilham o euro, de -8,7%, antes de uma recuperação de +6,1% em 2021. A taxa de inflação na Eurozona aumentou levemente em julho, de acordo com a primeira estimativa anunciada nesta sexta-feira pelo Eurostat.
O índice chegou a 0,4%, contra 0,3% em junho. O dado, no entanto, continua muito longe do objetivo do Banco Central Europeu (BCE), que deseja uma inflação “próxima mas inferior a 2%”. Em maio, a inflação no bloco foi de 0,1%. O resultado, porém, não foi o pior já registrado na zona do euro, que em janeiro de 2015 e em julho de 2009 teve índice de -0,6%, recordou uma fonte do Eurostat. A inflação subjacente (sem considerar produtos particularmente voláteis como a energia, alimentos, bebidas alcoólicas e cigarro) foi de 1,2% em julho, contra 0,8% no mês anterior.