Bogotá, 22 Jul 2020 (AFP) – Desde 13 de julho, quando agravou-se a crise sanitária, a cidade de 8 milhões de habitantes está sob um sistema de isolamento por localidades (conjuntos de bairros) que alcança 2,5 milhões de pessoas a cada turno.
Contudo, a prefeita endureceu a medida para que englobe uma maior parte da população a partir de 23 de julho e até 14 de agosto. “O governo tem sido enfático em não autorizar uma quarentena em Bogotá, razão pela qual a outra possibilidade que temos é continuar a quarentena por localidades, mas vamos acelerar o cronograma”, declarou López em coletiva de imprensa virtual.
No centro, no sul e no sudoeste da cidade, “quase cinco milhões de habitantes estarão em quarentena durante quatro dias seguidos”, entre quinta e domingo, explicou. Em seguida, serão fechadas outras localidades com o objetivo de ter “uma quarentena mais curta, porém mais intensa” do que previsto inicialmente. Bogotá, que concentra quase um terço dos 211.038 casos registrados no país desde 06 de março, busca evitar o colapso da rede de cuidados intensivos, que tem ocupação de 91,5% de leitos, de acordo com números oficiais.
Até o último balanço, são 7.166 falecidos por COVID-19 em todo território colombiano. Em 25 de março, o governo do presidente Iván Duque colocou em prática medidas de isolamento preventivo obrigatório que, a princípio, irão até 1º de agosto. Contudo, conforme a piora da crise econômica -responsável pela extinção de cinco milhões de empregos no país-, o governo vem afrouxando as restrições no momento em que o país está entrando no período mais crítico de contaminações e falecimentos.
“Cuidar da saúde e da vida ao mesmo tempo que se reativa a vida produtiva, com distanciamento, é o dever do mundo todo”, declarou Duque na segunda-feira em mensagem virtual ao Congresso.