Por Stella Qiu e Gabriel Crossley
PEQUIM (Reuters) – O crescimento ocorre uma vez que o estímulo do governo alimentou a demanda por commodities, enquanto as exportações foram impulsionadas por produtos médicos e avançaram em sinal de que a recuperação está ganhando força.
As importações da China em junho subiram 2,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta terça-feira, contra expectativa do mercado de queda de 10%. Elas haviam caído 16,7% no mês anterior. As exportações também aumentaram inesperadamente, marcando um ganho de 0,5% que sugere que a demanda global está começando a subir de novo conforme muitos países começam a aliviar as medidas contra o vírus. Analistas estimavam recuo de 1,5% após queda de 3,3% em maio.
O desempenho das exportações da China não foi tão afetado pela desaceleração global como alguns analistas temiam, sustentado pelo embarque de máscaras, equipamentos de proteção pessoal e computadores. “A melhora significativa nas importações da China é uma indicação da recuperação econômica em aceleração da China, que tem sido direcionada principalmente por aumentos substanciais nos investimentos em setores como imobiliário e infraestrutura”, disse Boyang Xue, analista da DuckerFrontier.
As importações chinesas dos Estados Unidos subiram 11,3% em junho, revertendo a tendência de queda de dois dígitos vista após o surto de coronavírus. “Diante das dificuldades apresentadas pela epidemia, ainda estamos honrando nossos compromissos e implementando do acordo (comercial)”, disse o porta-voz da alfândega, Liu Kuiwen, a repórteres nesta terça-feira.
O superávit comercial da China com os EUA aumentou para 29,41 bilhões de dólares em junho de 27,89 bilhões em maio. No total, o superávit comercial chinês em junho foi de 46,42 bilhões de dólares ante resultado positivo de 62,93 bilhões em maio.