O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, advertiu nesta segunda-feira (20/1) sobre a necessidade de controlar o embargo de armas na Líbia, antes de se reunir com os chanceleres da União Europeia (UE) para decidir como apoiar os acordos alcançados ontem (19/1) em Berlim. “O embargo de armas requer um controle de alto nível e, caso se queira manter o fim das hostilidades, alguém tem que vigiar isso. A ONU, a União Africana, a UE… Alguém tem de fazer isso, não?”, questionou Borrell, em Bruxelas.
No domingo, as potências envolvidas no conflito líbio prometeram respeitar um embargo de armas das Nações Unidas e evitar intervir nos assuntos internos desse país mergulhado na guerra. Também pediram uma trégua permanente.”Se for mobilizada uma missão de paz, estou convencido de que a UE e os países da UE não vão olhar em outra direção, mas ainda não estamos lá”, afirmou o chanceler luxemburguês, Jean Asselborn.
Outra opção é relançar a Operação Naval Sophia, na costa líbia. Desde 2019, ela opera, sobretudo, com meios aéreos, por causa do veto do governo italiano anterior ao uso de navios. “Temos que reconstruir Sophia”, disse o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas. “Estou certo de que, no futuro, Sophia também poderá desempenhar um papel”, concordou seu homólogo finlandês, Pekka Haavisto.Nascida em 2015 com o objetivo de lutar contra os traficantes de migrantes após um trágico naufrágio, a missão prendeu cerca de 150 traficantes e resgatou em torno de 45.000 pessoas.