Em seu pronunciamento Ondimba(foto) enumerou os progressos feitos nesses sessenta últimos anos e pediu para se “olhar para o copo meio cheio e não, como você gostaria alguns, o copo meio vazio”. O presidente ressaltou que o Gabão é agora um dos países da África onde a taxa de mortalidade da Covid-19 é a mais baixa, que se tornou o 1º produtor africano e o 3º produtor global de madeira compensada. Ondimba lembrou a criação da Zona Econômica Especial de Nkok, “agora mais atraentes e com diversas fábricas, sinônimo de novos empregos diretos e indiretos, estão sendo abertos”. O líder gabonês também ressaltou que o Gabão é país africano onde o governo eletrônico, governo digital, é o mais desenvolvido.
Na economia, Ondimba afirmou que o Gabão está se consolidando e trabalhando para torná-lo ainda mais inclusivo, para que crie ainda mais empregos. “Esta dinâmica deve será acelerado nos próximos meses e anos”, garantiu. De acordo com o presidente, graças em particular à diversificação de partes da nossa economia e o desenvolvimento de novos setores-chave com alto potencial de empregos. O presidente falou ainda da maior participação pública das mulheres.
De acordo com o presidente gabonês, no nível diplomático, a voz do Gabão ainda é tão audível para os parceiros. Regionalmente lembrou que país ainda detém a presidência em Exercício da CEEAC, incluindo a primeira fase da reforma institucional a história chegou ao fim e, a nível continental, em particular através a União Africana, através das suas intervenções a favor da paz e segurança em África. “A nível internacional, finalmente, onde o seu envolvimento na defesa clima, biodiversidade e meio ambiente como um todo é reconhecido e saudado por todos”, relatou Ondimba, referindo-se à preocupação do governo gabonês em relação à proteção ao meio ambiente.
Infraestrutura – O presidente falou dos projetos de uma moderna infraestrutura do Gabão. “Nós temos rodovias asfaltadas em dez anos mais do que desde que nosso país conquistou a independência. Nossa malha viária será reforçada novamente com a Transgabonaise, que cruzará nosso país de leste a oeste por 780 quilômetros. As obras já começaram com a reparação de um primeiro troço na entrada da Libreville. Este projeto será concluído em 2023 e seu impacto será grande. Esta rota vai revolucionar nossas vidas e nossa economia. Isso permitirá o desenvolvimento de intercâmbios nacionais”, relatou Ondimba. Ele falou ainda da criação de empregos e o nascimento de novas oportunidades econômico para nossas províncias.
Em seu discurso, Ondimba lembrou que, em 2010, criou uma lei que proíbe as exportações brutas de toras. “ O resultado é que o Gabão é hoje o 1º produtor africano e o 3º produtor global de madeira compensada. Nosso setor de madeira desempenha um papel cada vez mais importante na economia de nosso país, com a geração de milhares de empregos diretos e indiretos, e o aumento da a produção de riqueza a nível local”, relatou o presidente.
Ondimba disse que a aposta na Zona Econômica Especial de Nkok deu certo. “Agora mais atraentes e diversas fábricas, sinônimo de novos empregos diretos e indiretos, estão sendo abertos. Seguimos em frente e isso é só o começo porque o que vale para madeira valerá também para outros setores como: agricultura, pesca ou mesmo turismo. Nosso país não deve mais ser apenas uma reserva de matérias-primas, mas uma pool de produtos acabados. Pedi ao governo que trabalhasse muito nisso. Ele tem, também neste nível, obrigação de resultado”, garantiu Ondimba.
Em sua fala, o presidente mencionou ainda “as profundas reformas e modernizações” nas últimas décadas. Segundo ele, inovações significativas foram realizadas, como a digitalização dos serviços de impostos, alfândegas, criação de negócios ou imigração. “Essas reformas ousadas deram frutos. Gabão agora é um dos países africanos onde o governo eletrônico, governo digital, é o mais desenvolvido”, garantiu Ondimba.
Covid-19 – Em seu pronunciamento, o presidente gabonês afirmou que graças à dedicação de equipe de enfermagem do país, aos hospitais, o Gabão é agora um dos países da África onde a taxa de mortalidade da Covid-19 é a mais baixa. Também está entre os países que no continente testam mais sua população per capita. Da mesma forma, lembrou que, no plano econômico, o plano de ajuda de 250 bilhões de francos ajudou nas piores horas de crise. “Ele permitiu que o navio do Gabão ficasse à tona, permanecesse no curso, continuasse seu rota, faça o seu caminho”, afirmou Ondimba.
“Os 60 anos de independência da República do Gabão representa para nós a soberania internacional de nosso país e a maturidade política, econômica, social e cultural.”
Jacques Michel Moudoute-Bell, embaixador do Gabão no Brasil.