Abai Qunanbayuly recebe homenagens em sua data natalícia
Ibrahim Qunanbayuly (chamado posteriormente de abai por sua avó) nasceu em 10 de agosto de 1845, no Cazaquistão. É considerado o criador da língua literária cazaque, poeta, pensador, educador, filósofo, iluminista, humanista e figura pública. Neste sábado, todo o Cazaquistão está em festa, prestando homenagens a esse importante cidadão do país.
Abai viveu em um período turbulento da história de seu país, marcado pelo fortalecimento da opressão feudal e colonial, pela abolição dos Canatos e pelo estabelecimento de um novo governo, O período foi marcado pela luta constante pelo poder, pela inimizade, apoiada no princípio de “dividir para governar”. Nessa época, no entanto, nasceu a assim chamada literatura nacional, nas origens da qual estava Abai Qunanbayuly.
Inicialmente, o menino foi educado por um mulá local, mas quando completou 9 anos, passou a frequentar uma madraça (local de estudos islâmicos) na cidade de Semipalatinsk. Lá, Abai estudou árabe e persa. Ao mesmo tempo, Abai estudava em uma escola russa e após se formar, escreve os primeiros versos, ainda tentando esconder a autoria.
Uma das paixões de Abai era a leitura. Qnanbayuly tinha como um de seus principais objetivos mostrar a cultura europeia ao seu povo, e teve êxito em sua empreitada por meio da disseminação da cultura russa e europeia entre os cazaques.
Abai ridicularizava as falhas humanas, condenava a posição servil das mulheres e se posicionava contra os comportamentos viciosos sociais e a ignorância. Abai foi um inovador da poesia cazaque.
Na história da literatura cazaque, Abai ocupa um lugar de honra, tendo enriquecido sua versificação com novas métricas e rimas. Ele introduziu novas formas poéticas: entre elas a oitava e a sextilha.
Abai escreveu cerca de 170 obras em versos, traduziu 56 e escreveu, no fim de sua vida, o livro de cabeceira de todo cazaque: “O livro das palavras”, traduzido para o português e lançado em 2020 (tradução de Edelcio Américo, 1a edição – Sâo Paulo, Editora Nova Alexandria, 2020).
Fonte: Embaixada do Cazaquistão