Súsan Faria
Fotos: Eliane Loin
A Bolívia foi uma das primeiras colônias a rebelar-se contra o domínio espanhol, em campanha militar liderada pelo venezuelano Simón Bolívar. Foi em 6 de agosto de 1825. Cinco dias depois, o país adotou o atual nome em homenagem ao seu libertador.
Em Brasília, a data nacional da Bolívia foi comemorada na Embaixada do país, dia 08 de agosto, com apresentação de dança da região de Potosi, execução do Hino Nacional pela Banda de Música do Batalhão da Guarda Presidencial do Brasil e comidas típicas. Embaixadores, autoridades militares, do Ministério das Relações Exteriores e diplomáticas estiveram presentes.
Durante a festa, foram apresentados dois vídeos turísticos da Bolívia, um deles sobre o carnaval de Oruro. O embaixador José Kinn Franco falou sobre as relações entre seu país e o Brasil: “temos desafios conjuntos em causas nobres de esperanças e desafios de integração”. Segundo ele, as conversas são especialmente sobre gás, de energia, máquinas e equipamentos para o agronegócio, ureia, cooperação técnica, parcerias econômicas e culturais. Kinn Franco destacou avanços nos 9 anos do governo de Evo Morales, como a nova Constituição Federal e o controle dos recursos naturais. “Como resultado desse controle temos inclusão, estabilidade econômica e o menor desemprego da América Latina”, disse.
Como parte dos esforços da Bolívia em sua política exterior, lembrou o embaixador, foi realizada a Conferência Mundial dos Povos “Para um mundo sem muros rumo à cidadania universal”, realizada em Cochabamba, em junho deste ano, reunindo representantes de 43 países, incluindo uma delegação do Brasil. Outra característica dessa política – destacou Kinn Franco – foi expressa pelo presidente Evo Morales que propôs a ONU a aprovação do Dia e dos direitos da Mãe Terra e a constituição de um Tribunal Internacional de Justiça Ambiental. “Nesses 192 anos, não paramos de sonhar, sonhos de igualdade e de viver bem”, comentou.
Durante o evento na Embaixada da Bolívia, foram servidos a famosa Salteña, salgadinho assado, com carne, muito conhecido no país; salada de quinoa; arroz com carne; sanduíche com carne, salada concentrada e molhos de amendoim e de pimenta. Vinhos e a cerveja boliviana Paceña não faltaram.