*O concerto chama-se “Mátria Língua” e vai homenagear a língua portuguesa e o mirandês, enquanto 2ª Língua Oficial de Portugal
Pela primeira vez em digressão pelo Brasil neste mês de novembro de 2021, a cantora portuguesa Ana Laíns apresenta-se em três concertos numa parceria com a Embaixada de Portugal no Brasil, o Consulado-Geral de Portugal em Salvador, o Vice-Consulado de Portugal em Fortaleza e o Camões – Centro Cultural Português em Brasília.
A digressão começa pelo Teatro Jorge Amado em Salvador (BA), na quinta-feira (18) e segue para o Auditório Waldyr Diogo em Fortaleza (CE), no dia 20, e termina em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no dia 23 de novembro.
Ana Laíns celebrou 20 anos de carreira com o lançamento de um novo álbum, alçado ao Top Nacional de vendas em Portugal, em maio deste ano. A cantora viaja em turnê internacional pela Europa e pelo Brasil acompanhada pelos músicos Paulo Loureiro (piano), Carlos Lopes (acordeão) e Bruno Chaveiro (guitarra portuguesa).
Sobre esta primeira visita ao país, Ana acredita ser a concretização de um desejo antigo “Era um sonho como cantora há muito tempo cantar aqui. Por nossa relação, mas também porque tenho uma paixão fulminante pelo país. Sinto o Brasil como Portugal: um pouco meu”, diz.
Embora muito reconhecida e premiada pelas composições do fado, Ana Laíns traz consigo a missão de apresentar ao mundo a cultura portuguesa, para além do gênero musical. “Espero que o brasileiro compreenda que o fado não é a única forma que temos de exprimir. Portugal é rico musicalmente e quero trazer um pouquinho dessa realidade para o Brasil.”
Para ela, a cultura musical brasileira costuma ser uma inspiração. “Um dos fatores que acredito que o Brasil está à frente de nós é a forma como acarinham a MPB. Em portugal a musica popular portuguesa efrenta um enorme preconceito”, observa. Do mesmo modo como Ivan Lins, Caetano Veloso e Gilberto Gil têm um repertório constituído por várias vertentes da música brasileira, assim Ana se propõe a fazer com a música de seu país. “Essa é a minha bandeira como cantora e minha grande luta, para mostrar que a música portuguesa tem muitas possibilidades e imensas características”, diz.
Ao longo de duas décadas, a cantora tem construído uma carreira sólida. Na Grécia, chamaram-lhe “diva de um fado diferente”. Na França, de “virtuosa do palco” e, em Portugal, gosta de ser conhecida como “Cantora Colorida”. Essas cores representam em grande parte a positividade que esbanja em suas músicas, conhecidas por conferir a elas uma qualidade mais contemporânea e universal da música portuguesa.