O presidente da Câmara Árabe, embaixador Árabe abriu a cerimônia oficial de inauguração no dia 19, no Complexo Brasil 21, onde vai funcionar o novo escritório. Para ele, agora será mais fácil tratar de assuntos com as autoridades do governo e diplomatas. “Brasília é um centro de decisões do país e também uma área econômica de grande dinamismo que é o Centro-Oeste”, afirmou Chohf em entrevista exclusiva à Embassy Comunicação. Estavam presentes à solenidade Mohamad Mourad , vice-presidente de Relações Internacionais, e o secretário-geral e CEO, Tamer Mansour.
O evento contou com a participação do decano dos Embaixadores Árabes no Brasil e embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben, do ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, Paulo Alvim, do ministro de Estado do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e do diretor do Departamento de Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Sidney Leon Romeiro.
“Em nome do Conselho dos Embaixadores Árabes, que tem a honra de abranger todas as missões diplomáticas árabes, gostaria de expressar a minha felicidade e esperança com vossa presença aqui em Brasília. Como parceiros, tenham certeza absoluta que as embaixadas farão o possível e o impossível para que vocês possam alcançar os objetivos almejados”, disse o decano do Conselho dos Embaixadores Árabes no Brasil, Ibrahim Alzeben.
O diretor do Departamento de Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Sidney Leon Romeiro também discursou diante da presença de representantes de várias áreas do Itamaraty. Romeiro disse que se tratava de um sinal do engajamento do Itamaraty com a Câmara Árabe. Segundo ele, o novo braço da Câmara Árabe deve contribuir para o avanço significativo das relações Brasil-países árabes e lembrou a parceria comercial que há atualmente entre as duas regiões, com o Brasil como fornecedor de alimentos ao mercado árabe e os países árabes como fornecedores de fertilizantes ao Brasil. “Essa relação entre produção de alimentos e importação de fertilizantes evidencia o nível de conexão que temos com o mundo árabe”, disse.
Presentes no evento, representantes do governo e da diplomacia árabe manifestaram a disposição de reforçar o trabalho conjunto com a Câmara Árabe a partir da iniciativa. A inauguração de uma base da Câmara de Comércio Árabe Brasileira em Brasília trouxe a expectativa de maior cooperação com parceiros da entidade.Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, e do Meio Ambiente, Joaquim Leite. As duas pastas acima já têm projetos e realizaram ações conjuntas com a entidade recentemente. Alvim contou da relação que existe com a sede da Câmara Árabe em São Paulo pela cooperação científica e tecnológica. “Essa base em Brasília vai ajudar”, afirmou.
Entre os diplomatas árabes também é esperada a intensificação do trabalho conjunto com a Câmara Árabe. O embaixador Qais Shqair, chefe da Missão da Liga Árabe no Brasil, falou das expectativas para, a partir da proximidade que o escritório trará, implementar mais atividades em vários campos, entre eles o cultural. “Estamos muito felizes, finalmente teremos um escritório aqui”, afirmou, complementando que a Liga participará das atividades do escritório e dividirá ideias.
O escritório da Câmara Árabe em Brasília fica no Complexo Brasil 21 – Edifício Business Center Tower, Bloco C – Setor Hoteleiro Sul (SH/Sul), Quadra 06, Lote 01, Conjunto A, salas 1802 e 1803, Asa Sul.
Leia agora a entrevista exclusiva do presidente da Câmara Árabe Brasileira para a Embassy Comunicação.
Qual a importância da abertura desse novo escritório em Brasília?
É a facilidade dos assuntos tratados anteriormente entre o Brasil com o governo, autoridades, proximidades do mundo árabe com as embaixadas. Brasília não é somente o centro das decisões mais também de grande dinamismo que é o Centro-Oeste, mais aproximação dos empresários da região para abrir mais negócios.
Como o senhor está vendo o funcionamento do escritório em Dubai. Ele abriu realmente as portas de entrada para o comércio global?
Certamente o escritório em Dubai que abrimos há quatro anos tem dado grandes resultados no contexto de cooperação econômica, interação econômica e no comércio do Brasil não só com os Emirados Árabes Unidos, mas com o mundo árabe em geral. Dubai é um centro de projeção econômico para a região do golfo, da Ásia e da África Oriental. Para a região do Golfo, África Oriental. É um centro de inovação, um centro comercial importante. Então nós temos que estar lá presente.
Como a câmara vê o crescimento produção de produtos e serviços halal?
O Brasil já é o maior exportador de proteína halal do mundo, é maior fornecedor. O Brasil tem grande manancial para crescer na produção halal devidamente certificada, reconhecidamente de qualidade e, certamente, ainda tem um grande espaço voltado para o mundo árabe.
Como estão os planos de expansão de negócios do Brasil com os países da Liga Árabe?
As relações comerciais do Brasil com o mundo árabe já é bastante expressiva. Em 2021 o comércio chegou a 21 bilhões de dólares nos dois sentidos ou mais de 14 bilhões de exportações brasileiras. Nos três primeiros meses deste ano, o comércio do Brasil com o mundo árabe, cresceu 35 por cento em relação a 2021. Então nós temos um potencial enorme de ampliação das exportações brasileiras para o mundo árabe e do mundo árabe para o Brasil.
A Câmara Árabe comemora 70 anos de fundação. Qual o principal legado dela na opinião do senhor?
O principal legado da Câmara Árabe Brasileira nestes 70 anos de atividade é a aproximação crescente de um comércio que não era expressivo do Brasil com o mundo árabe e que hoje representa cerca de seis por cento do comércio exterior do Brasil. Em suma, a câmara cresceu acompanhando o crescimento econômico deste comércio e isso é muito bom para a economia.