Ana Cristina Dib
A Câmara de Comércio Árabe Brasileira pretende promover um Fórum Brasil-Síria em maio do ano que vem, em paralelo à feira supermercadista Apas Show. A Câmara Árabe terá mais uma vez um pavilhão na mostra que contará com expositores sírios. A decisão foi anunciada após a missão do presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun, e do assessor da presidência, Tamer Mansour, a Damasco de 15 a 17 de setembro.
Segundo Mansour, durante reunião com a vice-ministra de Economia e Comércio Exterior da Síria, Rania Khodr Ahmad (foto), ela elogiou o posicionamento brasileiro em relação ao seu país e disse que é o momento de fortalecer os laços econômicos entre os dois países. “Falamos sobre a participação da Síria na Apas Show 2019, no pavilhão da Câmara Árabe, e decidimos que vamos promover uma participação massiva de empresas do país na feira; em paralelo, vamos realizar o Fórum Brasil-Síria com a presença de uma delegação de empresários sírios e também brasileiros”, informou o assessor.
A vice-ministra pediu também ajuda da Câmara Árabe para a retomada de negociações do acordo de livre comércio Mercosul-Síria. Mansour informou ainda que foram tratados na reunião temas como a implantação da certificação digital de produtos brasileiros exportados à Síria, e o retorno da Câmara Árabe à Feira Internacional de Damasco em 2019, com uma delegação de empresários brasileiros.
“Existem várias oportunidades para as empresas brasileiras retomarem parcerias com os setores público e privado da Síria nas áreas de construção civil e de infraestrutura”, concluiu Mansour.
Hannun e Mansour se encontraram ainda com o presidente da Câmara de Comércio de Damasco e da Federação do Comercio da Síria, Mohammad Ghassan al-Qalla, e conversaram sobre a possibilidade de promover mais missões empresariais entre os países, sobre ampliar a promoção de produtos sírios no Brasil, principalmente os alimentícios, e também sobre a importância de parar de trabalhar com países intermediários nas relações de exportação “Se uma empresa não consegue mandar a mercadoria diretamente para a Síria, manda por um país próximo e ele é quem acaba se beneficiando”, explicou Mansour.