Embaixada Suíça ganhou hoje (03) autossuficiência em eletricidade com a inauguração, pelo embaixador André Regli, de novo sistema energético
| Oda Paula Fernandes
A suíça tem adotado iniciativas pioneiras na produção de energia limpa e quer contribuir para o desenvolvimento sustentável da capital brasileira. Na sede diplomática daquele país, passou a funcionar 700 m² de placas solares capazes de gerar mais de 100 kWp de energia limpa, o suficiente para abastecer os três prédios onde está localizada a embaixada e, ainda, mais duas casas usadas pelo governo suíço no Lago Sul.
“Afirmamos que essa energia é muito mais que uma embaixada com energia sustentável. Faz parte de uma grande consciência ambiental e de desenvolvimento sustentável que a Suíça carrega e que busca, ativamente, que se espalhe pelo mundo”, discursou o embaixador André Regli. Segundo ele, o princípio de sustentabilidade do país europeu soma ao fator climático do Planalto Central: irradiação solar abundante. Para o diplomata, esta iniciativa alcança um dos objetivos do governo suíço que é difundir internacionalmente posturas de aproveitamento dos recursos naturais disponíveis.
“Pioneiros solares” – Os avanços pioneiros Suíços no campo da energia solar são tão diversos quanto a cultura e a língua. Um deles é Bertrand Piccard, que completou no ano passado a volta ao mundo no “Solar Impulse”, avião movido à energia do sol. O próximo desafio é um voo estratosférico com alcance de cerca de 18 mil metros de altitude, previsto para 2019, com o avião “Solar Stratos”, cujas asas estão cobertas por 22 m² de placas solares.
Na inauguração da obra na embaixada, houve a exibição de filme sobre o “Solar Impulse” e uma exposição com fotografias da instalação e de projetos suíços que são referência no setor de energias limpas. Como é o caso da “Cabana Monte Rosa” com 5 andares, inaugurada em 2009 na região dos Alpes e construída com tecnologia de ponta.
De acordo com o diplomata, a Cabana Monte Rosa respeita os preceitos da sustentabilidade no material utilizado para construção e produz 90% de sua energia com painéis fotovoltaicos. A produção diurna é armazenada em baterias para que possa ser utilizada também à noite. “A Suíça está em primeiro lugar em patentes de tecnologias limpas per capita, o que demonstra que está no caminho certo ao aumentar os investimentos nesse setor”, garante Regli.
Chancela – Em referendo, realizado no dia 21 de maio de 2017, o povo suíço aprovou a “Estratégia Energética 2050”. O objetivo é o de reduzir o consumo e aumentar a eficiência no setor, o de promover energias renováveis, e o de proibir a construção de novas usinas nucleares. É nesta linha de pensamento que a embaixada da Suíça no Brasil busca novas formas e tecnologias para um consumo autossustentável. A Suíça já conta com edifícios no padrão “Minergie”, com consumo de energia ultra baixo vindo de novas formas de produção energética local para aquecimento de ambientes.
O primeiro gerador fotovoltaico do DF foi instalado, como projeto piloto, em janeiro de 2011 na Embaixada da Itália. Em nota, a Companhia Energética de Brasília (CEB-D) publicou comunicado sobre a instalação dos primeiros geradores de energia fotovoltaica no DF, interligados à rede de distribuição.
A produção excedente de energia gerada é exportada à rede por meio de um medidor bidirecional que registra o fluxo de energia nos dois sentidos e, ao final do mês, faz o chamado “balanço energético”, registrando a energia consumida e a exportada.