O governo brasileiro tem expectativa de que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Líbano seja concluído no ano que vem. As informações foram fornecidas à reportagem da ANBA pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. O Brasil ocupa desde o mês de julho a presidência pró-tempore do bloco, que é rotativa entre seus membros. Na foto acima, vista do Porto de Saida, no Líbano.
O Líbano e o Mercosul mantêm negociações por um acordo de comércio. O Itamaraty informou que elas foram afetadas pela pandemia de covid-19, mas foram retomadas em dezembro do ano passado. O Brasil é quem coordena as negociações pelo bloco sul-americano com o Líbano. “A expectativa é a de que o acordo possa ser concluído em 2022”, informou o Itamaraty.
Como coordenador das negociações e presidente do pró-tempore do Mercosul, o Brasil pretende organizar uma nova rodada virtual de negociações com o Líbano ainda neste semestre, segundo o Ministério das Relações Exteriores. “Caso o lado libanês tenha disponibilidade”, disse o ministério.
O Líbano passa por grave crise econômica e iniciativas voltadas ao comércio internacional podem ajudar o país. O Líbano e o Brasil têm trocas comerciais, mas os valores são baixos. De janeiro a julho, o Brasil importou apenas US$ 1 milhão em produtos libaneses, principalmente desperdícios e resíduos de cobre, frutas, óleo de gergelim, azeite de oliva, produtos plásticos e vinho. O Brasil exportou ao Líbano US$ 76 milhões, principalmente café, açúcar e carnes.
No mês passado, quando o Brasil assumiu a presidência pró-tempore do Mercosul, o presidente Jair Bolsonaro falou da vontade de concluir acordos. “Precisamos lançar novas negociações e concluir os acordos comerciais pendentes, ao mesmo tempo em que trabalhamos para reduzir tarifas e eliminar outros entraves ao fluxo comercial entre nós e com o mundo em geral”, disse Bolsonaro, segundo notícia publicada no site do Planalto na época.