Empresas brasileiras irão apresentar suas mercadorias dos setores de alimentação, agricultura, vestuário, equipamentos médicos, entre outros, em evento de importação
Raquel Pires
Fotos: Eliane Loin
No início de novembro, do dia 05 a 10, a China promoverá a Feira Internacional de Importação (CIIE – China International Import Expo), em Xangai. O evento contará com 2,8 mil empresas expositoras de mais de 130 países e regiões, para um encontro com mais de 160 mil compradores. Para divulgá-lo , uma coletiva de imprensa ocorreu na Embaixada da China em Brasília, na última quinta-feira (25).
Três ministros e 87 empresas brasileiras vão participar de feira visando fazer negócios com os produtos daqui. A Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) organizam uma grande delegação que inclui os ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, e da Agricultura, Blairo Maggi.
Um dos grandes desafios do Brasil, e o foco da delegação que vai ao evento, e vender diretamente para o consumidor chinês, fazendo com que os produtos brasileiros sejam conhecidos e atrativos. Para a ministra-conselheira para assuntos Econômicos e Comerciais da Embaixada da China, Xia Xiaoling, falta ao Brasil fazer um marketing maior dos seus melhores produtos. “O que falta ao Brasil é divulgação, é dar a conhecer seus produtos. A China tem 1,3 bilhão de consumidores e esse é um mercado enorme que o Brasil não pode perder”.
Para Xia, o Brasil tem a oferecer diversos itens como os aviões da Embraer, os biocombustíveis e os veículos flex, que podem ter um bom mercado na China, que atualmente precisa aumentar seu consumo de etanol. Produtos também não tão conhecidos também pode ter espaço. “Outros produtos nem tão conhecidos do chinês, como o vinho, a cachaça, o melhor chocolate do mundo, derivados de leite, produtos de moda, como vestuário e calçados também podem vir a ser conhecidos”.
Ao ser questionada se haveria empresas estadunidenses na feira, tendo em vista que hoje existe uma guerra comercial entre China e Estados Unidos, a conselheira informou que a decisão de realizar a feira foi tomada no ano passado, antes dos acontecimentos. “Nessa altura, a guerra comercial ainda não era como hoje, não estava em fase de crise, e mesmo em meio à essa guerra, empresas americanas estarão presentes na feira”.