Empresas brasileiras estão apresentando produtos que vão desde suas linhas para cabelos à base de proteínas, como queratina e proteína de trigo, até serviço de criação de marcas na feira Beautyworld Middle East.
Thais Sousa/ANBA
Empresas brasileiras estão apresentando produtos que vão desde linhas para cabelos à base de proteínas, como a queratina e a proteína de trigo, até serviço de criação de marcas na Beautyworld Middle East. A feira é voltada à indústria de beleza e cosméticos, a maior do Oriente Médio na área, e vai até esta quarta-feira (17) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Quinze empresas brasileiras expõem no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Elas participam de missão organizada em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), liderada pela Federação da Indústrias do Estado de Goiás.
Glaucio Marques, trader da Cetec Inbraco, vem pela segunda vez à Beautyworld Middle East com a empresa. A fábrica está à frente da Anna Haven, marca que oferece produtos para os cabelos. “Já exportamos para países árabes como Emirados, Iraque, Omã, Palestina, Jordânia. Agora, nossa expectativa é aumentar o crescimento dessas exportações”, explicou Marques. Segundo ele, no balanço das exportações, os países árabes representam 80% das vendas. Na feira, eles estão lançando quatro produtos. Entre eles, a máscara de hidratação intensiva chamada “3 minutes miracle”, o “infusion treatment”, produto à base de óleo de macadâmia, e o “Shine Bio Repair”, para reparo de danos nos fios.
Além da marca própria, a empresa atua com o serviço “Create your private cosmetics brand” (“Crie sua própria marca de cosméticos”, em tradução livre). A fábrica produz os cosméticos de acordo com a demanda do cliente e pode receber dela os detalhes sobre como quer a embalagem. No final, o cliente recebe o produto final, pronto para venda. “Temos 22 anos de fábrica e há cinco anos começamos a exportar. No ‘private brand’, todos os 25 clientes são árabes”, revelou Marques.
Para a Oxion Cosméticos esse é o primeiro passo para entrar no comércio internacional. A intenção da empresa é abrir mercado entre os países árabes e Cristina Martinez, gerente comercial, afirma que já conseguiu estabelecer bons contatos durante os dois primeiros dias de feira, além de receber clientes interessados de países como a África do Sul.
Segundo ela, o mercado da região busca produtos brasileiros, como os que tem função de alisamento à base da queratina, uma proteína. “Conheço outras feiras, como a de Bolonha, mas indiquei para a empresa começar com esta. O Oriente Médio é o que mais consome produtos com queratina, por exemplo. A mulher da região se cuida muito”, afirmou Martinez, que atua no mercado de cosméticos e trouxe a Oxion para sua primeira feira fora do Brasil.
Outra proteína, dessa vez a proteína de trigo, está presente em um dos produtos da Cosmetria, marca de Belo Horizonte, Minas Gerais. Essa, explicou Luciana Saraiva, fundadora da empresa, não tem a função de alisamento. Os produtos da empresa são voltados para cuidados e hidratação, e ela foi criada para o mercado externo, mas se popularizou entre os brasileiros. “O nosso objetivo sempre foi exportação, as embalagens são em inglês e já temos registro nos Estados Unidos, mas [o produto] acabou sendo bem recebido no Brasil. Agora, nosso foco são os Emirados Árabes”, informou Saraiva.
Entre os itens da marca estão sabonetes, óleos, xampus e máscaras feitas à base de ingredientes naturais, como chá verde, alecrim, amora, cacau e muitos florais. “Os florais de Bach são de uma nova geração de cosméticos. Somos uma marca bem holística e sustentável. Nossa sacola é biodegradável. Fazemos compensação ambiental, a cada garrafa que vendemos, repassamos uma quantia a uma empresa que se chama ‘Eu Reciclo’”, contou Saraiva.
Outras empresas brasileiras que estão no estande da CNI são Fina Flor, Veom Trading, SGRDPRO., Flora Brasil, Clorofitum, Natuur, Phyto Ativo, Kayoah, Amitys, Fit Cosmetics e a Toollon.