O governo brasileiro espera um recorde de 2,4 milhões de turistas estrangeiros no verão que começa este mês, o que representaria um crescimento de 11% com relação ao número de visitantes da última temporada, segundo projeções divulgadas nesta segunda-feira pelo Ministério do Turismo.
O crescimento foi calculado com base nas respostas obtidas pelas campanhas de promoção turística do Brasil no exterior e pela expectativa gerada pela boa imagem que o país deixou durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em agosto, segundo um comunicado do Ministério.
“O Brasil está no imaginário de pessoas de todo o mundo graças ao belíssimo espetáculo que apresentamos nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Nossa hospitalidade surpreendeu 98% dos visitantes durante os Jogos e agora não seria diferente”, afirmou o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, citado no comunicado.
No último verão, o Brasil recebeu 2,18 milhões de turistas estrangeiros, que se dirigiram principalmente a destinos que contam com praia e sol como principal atrativo, entre eles o Rio de Janeiro. Esse número de turistas corresponde a um terço dos 6,3 milhões de visitantes que o Brasil recebeu em todo ano de 2015.
Lummertz afirmou que a Embratur vem aproveitando em suas campanhas a boa imagem deixada pelo Rio e a conjuntura favorável pela desvalorização do real frente ao dólar, que reduziu o custo dos turistas estrangeiros no Brasil. “Estamos explorando o atual momento, impulsionado pelo câmbio favorável, para reforçar o convite a potenciais turistas e estabelecer um novo recorde de visitantes no verão”, afirmou Lummertz.
A Embratur considera que a possível decisão do governo de abolir a exigência de vistos para turistas procedentes de Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália, aos quais o Brasil abriu as portas sem exigências durante os Jogos Olímpicos do Rio, pode elevar ainda mais o número de visitantes esperados no verão.
Segundo o órgão, a não exigência de vistos para turistas desses quatro países permitiu elevar em 55,31% o número de visitantes das nações beneficiárias, por isso a extensão do benefício poderia “impulsionar o turismo e fortalecer a economia” do Brasil, que sofre atualmente uma grave recessão.
“Os cálculos do Ministério (do Turismo) mostram que a eliminação definitiva da exigência de visto para esses turistas terá um impacto na economia nacional de US$ 175,2 milhões por ano”, afirmou Lummertz.