Em palestra, Nahida Shumona, chefe de missão em Brasília, mostrou como seu país cresce apoiado na capacidade feminina.
As mulheres têm tido papel crucial para o crescimento impressionante de Bangladesh, país com 165 milhões de habitantes cercado pelo território indiano. Desde a década de 1990, Bangladesh tem sido comandado por primeiras-ministras, e as líderes da oposição também são mulheres. Por meio de uma série de ações, o governo de Bangladesh, em cooperação com outras nações e organismos internacionais, trabalha para fortalecer a posição das mulheres no mercado de trabalho, na política e na diplomacia.
Para falar de seu país, mostrar como ele se tornou líder e modelo no que se refere ao empoderamento feminino e abordar o tema também em perspectiva global, a ministra Nahida Rahman Shumona, chefe da Missão Diplomática da Embaixada da República Popular de Bangladesh, em Brasília, fez palestra nesta terça, 7, na Universidade Federal de Minas Gerais, (UFMG).
Nahida Shumona relatou, entre outras coisas, que seu país conta com um ministério dedicado às mulheres e às crianças, que criou diversas leis para coibir a violência contra as mulheres e que, embora a taxa de empregabilidade feminina ainda seja menor que a dos homens, a proporção é consideravelmente mais favorável que em outros países da região. A parcela feminina da população vem sendo muito beneficiada, também, por investimentos em saúde: a expectativa de vida das mulheres subiu de 54 anos, em 1980, para 72 anos, em 2013.
A diplomata foi à UFMG acompanhada do cônsul honorário do Paquistão em Belo Horizonte, Henrique Prado Badaró, e do diretor do Instituto JK, João Alexandre Reis. Em sua passagem por Minas Gerais, Nahida Shumona também visitará Ouro Preto e Betim e terá encontros com representantes de governos e empresários.
Com formação em literatura inglesa, história e ciência política pela Universidade de Daca, em Bangladesh, e em diplomacia e comércio, pela Universidade Monash, na Austrália, Nahida Shumona é autora da obra China e o balanço de poder na Ásia, publicada pelo Bangladesh Institute of International and Strategic Studies, e desenvolveu estudos com financiamento da Chevening Human Rights Fellowship e da Australian Development Scholarship.
By: Adrianne de Pádua.