São Paulo – O Bahrein lançou um passaporte digital para vacinados contra a covid-19. A iniciativa foi apresentada nesta quarta-feira (17) e torna o país o primeiro do Golfo a adotar a política, de acordo com informações veiculadas na imprensa regional. O objetivo é que o passaporte sirva como prova de imunização para pessoas circularem entre países e cidades. População está sendo imunizada gratuitamente com quatro marcas de vacinas.
O passaporte é obtido pelo aplicativo BeAware, que atualizará o status de vacinação do usuário duas semanas após o recebimento das duas doses, dando tempo para que anticorpos se desenvolvam. O aplicativo exibirá um escudo verde “vacinado contra a covid-19”, constando o nome da pessoa, a data de nascimento, a nacionalidade e qual vacina recebeu.
As autoridades poderão verificar o status de um usuário no aplicativo por meio do código QR vinculado ao registro nacional de vacinas do Bahrein. No país estão sendo aplicadas gratuitamente as vacinas Sinopharm, Pfizer-BioNTech, AstraZeneca e Sputnik, segundo informações publicadas no site do jornal The National, dos Emirados.
De acordo com os últimos dados da Organização Mundial da Saúde, o Bahrein registrou 114.361 pessoas infectadas e 410 mortes por coronavírus. O país árabe, que fica na região do Golfo e faz parte do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), tem um território pequeno e uma população de apenas 1,5 milhão de habitantes.
Programas semelhantes ao do Bahrein, de passaporte da vacinação, estão em desenvolvimento em alguns países da Europa. Há uma discussão de que o comprovante deveria ser aceito e reconhecido mundialmente para ser usado como um carimbo de viagens, permitindo deslocamento para outros países sem necessidade de quarentena.
A ideia de um passaporte também vendo sendo avaliada na Europa para ajudar na abertura das fronteiras e na recuperação do setor de turismo, mas os governos estão divididos em tomar a iniciativa como bloco, já que críticos dizem que há falta de evidências sobre a transmissão do vírus por quem está vacinado e sobre a efetividade das vacinas contra novas variantes da covid.