Minas é a terra do café, do queijo, do doce, da cachaça e há duas década, vem se destacando na produção de cervejas artesanais, sendo considerada a “Bélgica das Cervejas Artesanais no Brasil” pela qualidade de suas cervejas, cuja inspiração vem das cervejas belgas. Um outro produto também vem crescendo e elevando o nome de Minas Gerais no Brasil e em todo o mundo. Os azeites.
Os primeiros olivais começaram a ser plantados em Minas na década de 30 e 40, na cidade de Maria da Fé, no Sul de Minas, pelo engenheiro agrônomo Washington Viglioni que deu início a pesquisas sobre o cultivo do fruto na região. A partir da década de 70, as pesquisas sobre o cultivo de oliveiras foi assumido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Ao longos anos, chegou-se a variedades que se adaptaram ao solo mineiro e seu plantio difundido a partir 2008. Desde essa época o Estado vem colhendo os frutos dessa iniciativa. Os azeites mineiros vem sendo a cada ano reconhecidos e premiados no mundo todo por sua qualidade, sendo comparado aos famosos azeites europeus.
Prova disso foi o resultado do recente concurso Mundial de Azeite, realizado na cidade americana de Nova York em maio de 2019. O NYIOOC World Olive Oil Competition, considerado a “Copa do Mundo” dos azeites. Pela importância internacional e credibilidade, é o maior e mais importante concurso de avaliação de qualidade de azeites em todo o mundo. O resultado desse concurso é mais que um guia, é uma referência oficial da qualidade do azeite. Os azeites premiados tem o reconhecimento mundial. Quem ganha medalha nesse concurso em Nova York, pode dizer com certeza que seu azeite está entre os melhores do mundo. (foto abaixo de Erasmo Pereira/Ascon/Epamig de Maria da Fé MG)
E mineiro faz e faz bem feito. Minas Gerais não ficou de fora. Dois azeites mineiros foram premiados com a medalha de ouro na New York Olive Oil Compettion. Para escolher os melhores azeites, os jurados observam por exemplo as variedades dos frutos, o frescor, o aroma,o amargor, a picância, a acidez, o frutado, dentro outros quesitos. Foram avaliados azeites de 26 países, de todos os continentes e dos tipos Blend ,no inglês ou Assemblage, no francês que é um tipo de azeite elaborado com diferentes variedades de olivas ou Monovariental, que é o azeite elaborado com apenas uma variedade de oliva.
Os azeites brasileiros levaram 8 medalhas de ouro, duas de prato, um Best in Class e 11 medalhas de bronze.Dois azeites mineiros foram premiados com a medalha de ouro. Os azeites mineiros premiados com medalha de ouro foram:
Azeite Reserva Mantiva, produzido na Fazenda das Rosas, em Consolação (na foto ao lado/Extraída fa fanpage Reserva Casa nativa/Divulgação) e o azeite Irarema, produzido na fazenda de mesmo nome, em Poços de Caldas. As duas cidades são do Sul de Minas. Essas medalhas significam muito para Minas, que a cada ano vem conquistando respeito nacional e internacional, por seus produtos de qualidade, com reconhecimento internacional.
O plantio de olivais em Minas, como dito acima, foi incrementado mesmo a partir de 2008. De lá pra cá a produção e qualidade cresceu muito, competindo de igual para igual com os tradicionais olivais do Sul do pais, que foram os pioneiros na produção de azeites no Brasil. A tendência é a produção crescer mais, bem como melhorando mais ainda a qualidade e competitividade dos azeites mineiros nos mercados nacionais e internacionais.
Parabéns a Epamig que pesquisa, investe e incentiva o plantio de olivais em Minas Gerais e outras culturas. A lista completa dos azeites medalhistas de todo o mundo está no link oficial do concurso https://bestoliveoils.com/search à disposição de todos. Basta selecionar o link e colar. (Por Arnaldo Silva)