Segundo fontes oficiais citadas pela agência espanhola Efe, os ataques ocorreram na manhã de hoje nas localidades insulares de Gomirom e Kirkindjia, na província ocidental do Lago, em pouco mais de uma hora.”Fomos alertados por uma violenta explosão em Gomirom e enviámos uma unidade do exército para o terreno. Os nossos homens chegaram trinta minutos depois e confirmaram que foi um atentado terrorista”, disse o governador da província do Lago, Adoum Fortey, à Efe.
O responsável referiu que o primeiro ataque foi autoria de uma mulher, que se fez explodir, matando nove civis.Enquanto isso, um outro bombista fez-se explodir em Kirkindjia, uma aldeia nas proximidades, matando três mulheres e dois homens.
De acordo com o chefe tradicional da localidade, Maloum Hassan, o atacante “circulava numa moto”, matando uma família e duas mulheres.
Em 09 de abril, o porta-voz do Exército do Chade, o coronel Azem Bermendoa Agouna, anunciou que mil membros do Boko Haram tinham sido mortos durante uma operação antiterrorista iniciada em 31 de março, em retaliação a um ataque que vitimou 116 soldados chadianos. O Chade integra, juntamente com o Níger, Mauritânia, Burkina Faso e Mali, a coligação G5 Sahel, que combate o terrorismo naquela região africana.
O exército do Chade é considerado um dos melhores e tem sido essencial nas operações contra o Boko Haram, desde 2015. O grupo foi criado em 2002 no nordeste da Nigéria por Mohameh Yusuf, após o abandono do norte do país pelas autoridades. Inicialmente, os seus ataques eram dirigidos à polícia nigeriana, uma vez que representava o Estado, mas desde a morte de Yusuf, em 2009, o grupo passou a ter uma abordagem mais radical.Desde então, o Boko Haram matou mais de 20.000 pessoas e as suas ofensivas provocaram aproximadamente dois milhões de deslocados, de acordo com as Nações Unidas.