Ao menos oito pessoas morreram na noite desta quinta-feira (2/1), incluindo um general iraniano e um líder paramilitar local, em um ataque com foguetes contra o Aeroporto de Bagdá, três dias após manifestantes pró-Irã tentarem invadir a embaixada americana na capital do Iraque, informaram os serviços de segurança.
“Três foguetes atingiram o Aeroporto Internacional de Bagdá próximo ao terminal de carga, e dois explodiram”, matando ao menos oito pessoas, revelaram os funcionários, que pediram para não ser identificados.
Qasem Soleimani é morto – As vítimas estavam em um comboio das Forças de Mobilização Popular (Hashd al Shaabi), uma coalizão de paramilitares majoritariamente pró-Irã e atualmente integrada ao Estado iraquiano, segundo os mesmos funcionários.
Entre os mortos estão Abu Mehdi al-Muhandis, número dois da Hashd al Shaabi, e o general iraniano Qasem Soleimani — um dos homens mais poderosos do Irã —, informou a TV estatal iraquiana, citando o porta-voz das Forças de Mobilização Popular, Ahmed al-Assadi.As mortes foram confirmadas por diversas fontes dos serviços de segurança iraquianos.
Conflitos crescem – O Iraque tem sido palco, nas últimas semanas, de uma espiral de tensão que ameaça transformar o país em um campo de batalha entre forças apoiadas por Estados Unidos e Irã. Desde o final de outubro, militares e diplomatas americanos foram alvo de ataques, e na semana passada um funcionário dos EUA morreu em um bombardeio com foguetes.
Washington, que acusa as Forças de Mobilização Popular de estar por trás do ataque à sua embaixada em Bagdá, na terça, havia atacado no domingo posições do grupo na zona de fronteira com a Síria, matando 25 combatentes.
EUA – Em comunicado, o governo norte-americano confirmou ser responsável pelos ataques. Segundo informações, o bombardeio ocorreu por drones. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na noite desta quinta-feira (2/1), se limitou a postar na rede social Twitter, uma imagem da bandeira norte-americana.