O acidente da Ethiopian Airlines deixou 157 mortos após 6 minutos da decolagem
Notícias ao Minuto Brasil
A queda do avião da Ethiopian Airlines foi mais um desastre aéreo que deixou o mundo em estado de choque. Um total de 157 pessoas morreram no Boeing 737 MAX 8, que caiu 6 minutos após decolar de Adis Abeba, capital da Etiópia, e tinha como destino Nairóbi, no Quênia.
O mais assustador dessa tragédia é que a aeronave 737 Max-8, construída pela empresa Boeing, é um modelo recente, que começou a operar em 2017. Outro avião do mesmo modelo, mas pertencente à Lion Air, esteve envolvido em um acidente 5 meses atrás, quando despencou no mar próximo à Indonésia, com 189 pessoas a bordo.
Após essas fatalidades, até o passageiro mais acostumado a voos passa a temer certas companhias aéreas. Antes desses acidentes, a AirlineRating.com inclusive já havia divulgado um ranking das empresas menos seguras, de acordo com a FAA (Administração Federal da Aviação Americana) e a União Europeia. Veja a seguir:
Jetstar Japan – A companhia low cost é propriedade da Quantas e da Mitsubishi, tendo sido lançada em 2012.
Air Zimbabwe – A companhia aérea estatal do Zimbábue tem um histórico conturbado de finanças confusas, acusações de falta de procedimentos de segurança e voos cancelados sob a ameaça de execução de hipoteca dos aviões.
Express Air – Também conhecida como Xpress Air, a empresa da Indonésia costuma ter voos cancelados, mas não há registro de acidentes aéreos.
Air Nauru – A companhia aérea da Polinésia voa para as ilhas vizinhas da Micronésia e para a Austrália. A empresa tem classificação baixa porque não é credenciada pela Associação Internacional de Transporte Aéreo.
LADE – Esta companhia aérea argentina, sem fins lucrativos, operada pela Força Aérea, opera em áreas de baixo tráfego e não é credenciada pela Associação Internacional de Transporte Aéreo.
Southwest Airlines – A Southwest Airlines é a maior companhia aérea americana em voos domésticos. No entanto, a empresa registrou um acidente fatal em 2018, outros incidentes que não resultaram em mortes desde 2011 e uma série de controvérsias.
SpiceJet – Esta companhia aérea de baixo custo do norte da Índia foi fundada em 2004 e tem uma cota de mercado de 13%. No entanto, a SpiceJet fez um pouso de emergência em 5 de dezembro de 2018 após alarme de incêndio disparar. A empresa não tem credibilidade internacional.
Fastjet – A Fastjet opera na Tanzânia, Zimbábue e Moçambique, mas pertence a grupo sul-africano e britânico. Quando o ranking das companhias aéreas foi divulgado, a empresa estava à beira do colapso devido a problemas financeiros e sem credibilidade internacional.
Aerocaribbean – Embora a marca ainda exista, a Aerocaribbean está agora totalmente sob o controle da companhia aérea Cubana. Em 1992 e 2010, a companhia aérea registrou dois acidentes diferentes onde todos os passageiros a bordo morreram.
Maldivian – Esta companhia aérea das Maldivas voa para a Índia, China, Bangladesh e várias ilhas do Oceano Índico. A empresa fundada em 2000 e não é credenciada pela Associação Internacional de Transporte Aéreo.
Drukair Royal Bhutan – A Drukair foi fundada em 1983 e era a única companhia aérea no Butão até 2010. Em 2016, um voo da Drukair foi perfurado por granizo, mas todos a bordo sobreviveram.
First Air – Opera voos no ártico canadense e é de propriedade do povo indígena Inuit do país. Desde 1974, a companhia aérea registrou 11 acidentes, sendo o último um desastre fatal em 2011.
Somon Air – Primeira companhia aérea privada do Tajiquistão, a Somon Air voa para a Rússia, China, Uzbequistão, Turquia, Alemanha, Emirados Árabes Unidos e Cazaquistão. A empresa não tem nenhuma estrela em cotação da Associação Internacional de Transporte Aéreo.
Air Panama – A Air Panama foi fundada em 1980 e opera principalmente voos domésticos, além de destinos na Costa Rica e na Colômbia. No entanto, a companhia sofreu quatro acidentes graves entre 1997 e 2007, com 10 pessoas perdendo suas vidas no primeiro incidente.
Avior Airlines – A companhia aérea venezuelana opera em voos para os EUA, Peru, Curaçao, Colômbia, Equador e Brasil. Contudo, a Avior Airlines é proibida de voar na União Europeia por não respeitar padrões de segurança.
Conviasa – A maior companhia aérea da Venezuela opera quase exclusivamente no país. A Conviasa registrou três acidentes graves desde 2005, sendo o último em 2010, que deixou 17 mortos.
Tajik Air – A empresa estatal do Tajiquistão foi fundada em 1923 e voa para a Rússia, Quirguistão, Cazaquistão, Índia, Irã e dentro do país. A companhia aérea tem baixa credibilidade internacional.
Avia Traffic Company – Esta companhia aérea do Quirguistão existe desde 2003 e está proibida de operar na União Europeia. Em 2015, um pouso forçado deixou oito feridos a bordo de um voo da Avia Traffic Company.
Novoair – De Bangladesh, a companhia aérea só voa dentro do país e só iniciou suas operações em 2013. A Novoair também tem baixa credibilidade internacional.
AirAsia India – Lançada em 2014, a AirAsia foi a primeira empresa estrangeira a se estabelecer na Índia e voa para 20 destinos. Os problemas financeiros vêm afetando a companhia aérea, que ainda tem fraca pontuação internacional.
AirAsia X Thailand – A AirAsia X Thailand opera voos de média e curta distância, incluindo destinos na China, Japão e Coreia do Sul. A empresa já registrou falhas, criando um clima de incerteza em torno da marca.
NOK Air – Conhecida por suas pinturas extravagantes, a NOK Air tem mais destinos domésticos na Tailândia do que qualquer outra companhia aérea. Mas inúmeros voos cancelados e protestos de pilotos em 2016, que não se encaixavam nos padrões internacionais exigidos, abalaram a reputação da empresa.
Airlines PNG – Esta companhia aérea doméstica da Papua Nova Guiné sofreu sete acidentes, todos com várias mortes desde 1992. O pior foi um voo em 2011, onde 28 dos 32 passageiros morreram.
Blue Wing – Esta empresa aérea do Suriname é conhecida por violar padrões de segurança e pelas investigações incompletas de seus acidentes de avião. A Blue Wing registrou três incidentes fatais desde 2008, sendo o pior deles um desastre em que 19 pessoas morreram.
Ariana Afghan Airlines – Ariana Afghan Airlines teve 14 acidentes entre 1955 e 2014, sendo o mais trágico o que deixou 45 mortos em 1998, quando um avião caiu em uma cadeia montanhosa a caminho de Cabul.
Kam Air – A Kam Air foi a primeira companhia aérea privada no Afeganistão e registrou três acidentes desde 2005. O pior deles foi em 2005, quando 104 pessoas morreram depois que seu avião caiu em um terreno montanhoso perto de Cabul.
Iraqi Airways – A transportadora estatal do Iraque registrou 12 acidentes desde 1955. O incidente mais trágico foi em 1986, quando sequestradores tentaram levar avião para a Arábia Saudita, mas acabaram por provocar sua queda, deixando 63 mortos das 106 pessoas a bordo.
AirAsia Thailand – Não deve ser confundida com a AirAsia X Thailand! A AirAsia Thailand é famosa por não ser reconhecida pelos órgãos internacionais da aviação. A classificação média dada por passageiros para AirAsia Thailand é de 4,4. Felizmente, a empresa não registrou mortes nos últimos 10 anos.
Nepal Airlines – Voar no Himalaia é difícil, e a Nepal Airlines já sofreu 15 acidentes desde 1960. O pior acidente ocorreu em 1969, quando todas os 35 passageiros e tripulação a bordo morreram devido a um nevoeiro. Em 2014, 18 pessoas desapareceram em outro voo da companhia aérea.
Yeti Airlines – A Yeti Airlines é a companhia aérea menos segura do mundo, de acordo com o ranking da AirlineRatings.com. Do Nepal, a empresa teve quatro acidentes desde 2006, sendo o pior o de 2008, quando 18 pessoas morreram durante um pouso fracassado. Leia também: Os trágicos acidentes de avião envolvendo jogadores de futebol.