O governo americano designará um diplomata para trabalhar com outros estados do Ártico, grupos indígenas e outras partes interessadas. O anuncio da criação do posto de embaixador, foi feito no dia 26, na véspera de uma reunião do Fórum Internacional do Círculo Polar Ártico, dedicado à Groenlândia. Segundo o porta-voz do Departamento de Estado Vedant Patel, o Ártico é considerado uma área estratégica em que Rússia e China aumentam sua presença em águas abertas pela mudança climática. Atualmente, o diplomata de carreira, Jim DeHart, é o coordenador para o Ártico dos EUA.
De acordo com o governo dos Estados Unidos, o secretário de Estado Anthony Blinken designará um embaixador que trabalhará com outros estados do Ártico, grupos indígenas e outras partes interessadas, disse a porta-voz do Departamento de Estado Vedant Patel.“Uma região do Ártico pacífica, estável, próspera e cooperativa é de importância estratégica para os Estados Unidos e uma prioridade para o secretário Blinken”,afirmou.
O Conselho do Ártico teve a participação cancelada, no início deste ano, de sete dos oito países membros, incluindo os Estados Unidos, após a Rússia assumir a presidência rotativa, em protesto contra a guerra na Ucrânia. O Conselho inclui, além da Rússia, os Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia. O aquecimento tem aumentado no Ártico a níveis muito acima do resto do planeta, aumentando a possibilidade de que vias navegáveis outrora impenetráveis possam ser abertas para embarcações comerciais e militares.
O fortalecimento da presença russa próximo ao continente tem sido visto como um preparo para expandir sua atuação naquela região com submarinos e caças. Esse temor se estende também à China que está construindo uma estação de pesquisa no Ártico.