Aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardearam a capital iemenita Sanaa, nesta quinta (16).
Ao menos seis pessoas morreram, e dez ficaram feridas em um dos bombardeios, afirmou à AFP Mojtar Mohamed, médico do Hospital Republicano de Sanaa.
O bombardeio aconteceu 48 horas depois de um ataque de autoria de um grupo de rebeldes do Iêmen, os huthis, que usaram drones para danificar um oleoduto saudita.
A coalizão anunciou na quarta-feira (15) que responderia “com força” aos huthis, apoiados pelo Irã.
“Começamos a realizar ataques aéreos seletivos contra posições da milícia huthi, inclusive em Sanaa”, afirmou nesta quinta-feira uma fonte oficial da coalizão.
Uma testemunha afirmou à AFP que ouviu uma forte explosão no centro de Sanaa. O canal de televisão Al Masira, controlado pelos huthis, atribuiu os bombardeios aos “aviões da agressão” saudita.
Em uma primeira mensagem no Twitter, a Al Masira citou seis bombardeios no distrito de Arhab, província de Sanaa. Mensagens posteriores citaram outros ataques, incluindo um na capital.
Outra testemunha declarou à AFP que os bombardeios começaram por volta das 8h (2h de Brasília).
Disputa já tem quatro anos
Na terça-feira (14), os huthis reivindicaram um ataque de drones contra um oleoduto na Arábia Saudita, que desde 2015 luta contra os rebeldes iemenitas ao lado dos Emirados Árabes Unidos.
O ministro para Assuntos Exteriores dos Emirados, Anwar Gargash, advertiu na quarta-feira que a coalizão pretendia “responder com força” a qualquer ataque dos huthis, apoiados por Teerã, contra alvos civis.