| Oda Paula Fernandes
A culinária, a história e o artesanato, entre outras riquezas do país africano foram mostrados, nesta quinta-feira (24) a 30 estudantes de 9 a 11 anos de idade, do Centro de Ensino Fundamental 21. O Gabão foi o segundo país visitado dentro do projeto Embaixadas de Portas Abertas. O embaixador do Gabão, Jacques Michel Moudoute-Bell, e a embaixatriz, Julie Pascale Moudoute-Bell fizeram uma bela apresentação sobre aquela nação na residência oficial onde moram.
A idealizadora do programa, Márcia Rollemberg, esteve no encontro e destacou a importância desse projeto. Segundo ela, as atividades pedagógicas, desenvolvidas no Embaixadas de Portas Abertas, fazem parte do programa Criança Candanga e são um conjunto de políticas direcionada à infância e a adolescência no DF.“Nós trabalhamos para que as crianças conheçam os países através das embaixadas e conhecer os países da África é sempre uma descoberta do próprio Brasil”, afirmou a primeira dama.
As crianças puderam esclarecer dúvidas, respondidas diretamente pelo embaixador, depois de assistir a um documentário, ver uma exposição de arte com artefatos locais . Estavam à mostra esculturas de pedra e madeira, máscaras, esculturas, roupas, quadros e adereços daquele país e degustar da culinária, que usa ingredientes brasileiros.
“É muito bom ajudar meninos e meninas dessa idade a conhecerem um novo país”, disse o embaixador Moudoute-Bell. Para a recepção, os detalhes encantaram as crianças. Mesa de doces, Buffet, garçom para servi-los. Tudo em grande estilo, digna de uma recepção diplomática internacional.
A embaixatriz do Gabao, Julie Pascale Moudoute-Bell, fez uma demonstração de como preparar um dos pratos típicos de seu país em sua própria cozinha; a banana-da-terra cozida e amassada no pilão.
No almoço, foi servido aos alunos espinafre com camarão e algumas receitas com a banana que a própria embaixatriz preparou. “Tudo que temos da comida do gabão encontramos os ingredientes aqui no Brasil. É quase como você estar no próprio Gabão”, brincou Julie, ao explicar a origem dos ingredientes. Em volta ao pilão, no centro da cozinha da residência, a embaixatriz falou às crianças da tradição de usar o pilão de madeira. “assim, amassa temperos para a comida do Gabão”, completou.
Entre os artefatos da exposição e do vídeo de apresentação do país, as pedras raras chamaram a atenção dos alunos. Com esta visita, o estudante Guilherme Kauã, 11 anos, declarou ter mais interesse em conhecer outros países. “Foi uma experiência nova aprender sobre outras culturas”, disse. Segundo o colega Ryckellme de Souza, também de 11 anos, o interessante foi ver as esculturas de pedras raras apresentadas. “A gente ganha aprendizado, antes eu não conhecia o Gabão.”
A próxima fase é a visita do casal gabonês à escola, em Taguatinga, no Distrito Federal (DF). Esta é a segunda visita da agenda de 2017, a primeira foi com alunos do Centro de ensino 11 do Gama à embaixada de Israel, no dia 17. Desde a criação do piloto do projeto, em 2015, 500 crianças já participaram.
Embaixadas de Portas Abertas – O Embaixadas de Portas Abertas – decreto assinado neste mês de agosto pelo governador que institui o programa – tem como objetivo proporcionar visitas de estudantes da rede pública às representações diplomáticas, sediadas na capital federal. As atividades começam um mês antes, em sala de aula até que os alunos vão, às quintas-feiras, conhecer mais sobre história, geografia, cultura e língua dos 12 países parceiros na iniciativa.
A próxima representação diplomática a receber alunos da rede pública será a Embaixada do Chile, na quinta-feira (31). Estão programadas outras visitas às embaixadas do Paraguai, Nicarágua, Argélia, Países Baixos, Coreia do Sul, China, Vietnã, Suécia e Itália. Embaixadas interessadas em participar devem procurar a Assessoria Internacional do governo de Brasília, pelo e-mail assessoria.internacional@buriti.df.gov.br.